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    Crédito restrito e juros altos derrubam vendas de veículos em março

    GABRIEL BALDOCCHI
    DE SÃO PAULO

    02/04/2014 13h34

    Juros mais altos, crédito restrito e preços mais elevados derrubaram as vendas de veículos leves –carros de passeio e caminhonetes– em março.

    Segundo balanço da Fenabrave (associação das concessionárias), foram venvidos, no mês, 228,7 mil unidades. O resultado é 7% abaixo do registrado em fevereiro e 15% inferior ao de março de 2013.

    No acumulado do ano, as vendas chegaram a 774,4 mil unidades, uma queda de 1,7% sobre o mesmo período do ano passado.

    Segundo Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, os veículos ficaram em torno de 5% mais caros, puxados pela volta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a inclusão de airbag e freios ABS, obrigatórios para carros fabricados desde janeiro.

    O Carnaval, que neste ano caiu no mês passado, também pesou no resultado de março, já que o mês teve menos dias úteis.

    A entidade, afirma Meneghetti, trabalha com dois cenários para o ano. No otimista, haveria estabilidade nas vendas de veículos leves, ou seja crescimento zero sobre 2013. No pessimista, a previsão é queda de até 3,5%.

    De acordo com ele, o quadro atual está mais para o segundo, ou seja, retração.

    O ranking de vendas de veículos em março mostrou pela primeira vez um veículo comercial na primeira posição. Com pouco mais de 13 mil unidades, a Strada, da Fiat, superou o Gol, da Volkswagen, líder há mais duas décadas no fechamento anual.

    CAMINHÕES

    As vendas de caminhões também decepcionaram. Nos três primeiros meses do ano, foram comercializados 30.643 unidades, um significativo recuo de 11,23% sobre o mesmo trimestre de 2013.

    Em março, foram vendidos 9.337 caminhões, uma queda de 10,78% sobre o mês imediatamente anterior e de 24,4% sobre março de 2013.

    No caso dos caminhões, os números ainda sofrem a influência de um problema burocrático: a demora na mudança de normas do financiamento do BNDES, que entraram em vigor apenas no final de janeiro.

    Meneghetti admite que o ritmo segue mais lento que no ano passado. A expectativa é de uma recuperação ao longo do ano, para um avanço de ao menos 2% em 2014.

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