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    Gol amplia frota de aviões mais leves

    ISABEL FLECK
    ENVIADA ESPECIAL A SEATTLE, WASHINGTON

    07/04/2014 01h30

    A dois meses do início da Copa, a Gol recebeu, na última sexta-feira (4), o sexto avião 737-800, da Boeing, adaptado para operar com melhor desempenho em pistas curtas, como a do aeroporto Santos Dumont, no Rio, e a de Congonhas, em São Paulo.

    Com um novo pacote, que inclui a troca dos freios de aço por freios de carbono, o avião pode operar com 20% mais carga ou passageiros do que o modelo original, segundo a Boeing –o que fará com que a Gol gere mais receita com o mesmo custo operacional.

    As mudanças atendem, principalmente, às demandas da ponte aérea Rio-São Paulo, em que os aviões, em geral, não operam com sua capacidade total devido às condições das pistas.

    "Entendeu-se que diminuindo o peso da aeronave e mudando alguns pacotes operacionais, poderíamos utilizar ao máximo a capacidade de passageiros", diz Alberto Correnti, diretor de manutenção da Gol.

    Enquanto a média das pistas em aeroportos americanos é de 2,7 km, cerca de metade das pistas no Brasil tem menos de 1,8 km. Em Congonhas, uma das pistas tem 1,4 km, e, no Santos Dumont, o comprimento é de 1,2 km.

    As mudanças que permitirão gerar mais receita vêm num momento crucial para a Gol, que registrou resultados negativos pelo oitavo trimestre seguido, no fim de 2013. Apesar de os prejuízos terem recuado 96% no quarto trimestre de 2013 –principalmente por meio do aumento de preços de passagens e cortes de voos e funcionários–, a empresa ainda teve perdas de R$ 19,3 milhões.

    Desde janeiro, já foram seis os aviões recebidos com o novo pacote, que "economizou" 700 libras (cerca de 318 kg). Até junho, mais duas serão entregues pela Boeing.

    Outros oito 737-800 da empresa tiveram o freio alterado, neste ano, para ter o mesmo desempenho. A estimativa é que pelo menos 31 aviões da frota da Gol –hoje com 141 aeronaves em operação– vão voar com o novo pacote, SFP-2 (short field performance).

    Um primeiro pacote para melhorar a performance em pistas curtas –que incluía alterações nas asas para ajudar o avião a frear– começou a ser incluído no 737-800 ainda em 2006.

    Segundo a Boeing, mesmo sem as adaptações, o 737-800 consegue pousar de forma segura numa pista curta. "As mudanças foram feitas para aumentar a performance", afirma o diretor de comunicação para vendas internacionais da Boeing, Jim Proulx.

    A partir de 2017, a companhia também passará a receber os primeiros dos 60 jatos Boeing-737 MAX 8, nova geração de aviões que prevê uma redução do consumo de combustível de 13% na comparação com o 737 atual.

    A repórter viajou a convite da Gol

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