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    Agência de risco Moody´s rebaixa nota da BM&FBovespa

    DA REUTERS

    11/04/2014 17h58

    A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta sexta-feira (11) a nota da dívida de longo prazo em moeda local da BM&FBovespa, para "Baa1", ante "A3", devido à sua exposição aos títulos do governo brasileiro.

    A Moody's, contudo, reafirmou a nota da BM&FBovespa em moeda estrangeira em "Baa1". Apesar do rebaixamento, a empresa continua com o chamado "grau de investimento" –qualificação que sugere capacidade de bom pagador.

    A perspectiva para ambas as notas é estável.

    A agência de risco disse que o rebaixamento faz parte de uma revisão geral dos emissores que têm classificação acima das notas dos governos dos países onde estão sediados.

    A agência ressaltou que 70% das garantias colaterais que a BM&FBovespa detém são em títulos do governo brasileiro. Mas apesar do rebaixamento, a nota da BM&FBovespa ainda está acima da classificação do governo brasileiro, que é "Baa2".

    "A diferença de um grau da classificação [entre BM&FBovespa e governo brasileiro] reflete os mecanismos bem definidos da empresa que ajudam a mitigar a exposição ao risco do governo e permitir que a BM&FBovespa responda à volatilidade das garantias.

    Procurada, a BM&FBovespa disse que não irá comentar o assunto.

    STANDARD & POOR´S

    Em março, depois de rebaixar a nota dos títulos da dívida brasileira e das empresas Petrobras, Eletrobras e Samarco, a agência Standard & Poor's anunciou o corte na classificação de mais 13 companhias.

    As seguintes empresas, todas ligadas ao setor financeiro, tiveram a avaliação de seus títulos rebaixada pela companhia norte-americana de classificação de risco: Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, BNDES, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Itaú BBA, HSBC, Citibank, Banco do Nordeste, SulAmérica, SulAmérica Companhia Nacional de Seguro e Allianz.

    Com exceção da SulAmérica, as companhias que foram rebaixadas continuam com o grau de investimento, ou seja, o selo de bom pagador concedido pela agência americana. Os papéis da seguradora estavam no grau especulativo (com probabilidade maior de calote) antes mesmo da nova decisão da S&P.

    Segundo a Standard & Poor's, a decisão de diminuir as notas das 13 companhias se deve ao fato de os portfólios de crédito e investimento estarem "altamente expostos" ao títulos do governo brasileiro.

    Além disso, a S&P colocou sob perspectiva negativa as notas de 26 companhias. Isso significa que elas poderão também ser rebaixadas nos próximos meses.

    A lista das empresas que estão sob risco de rebaixamento é formada por Banco ABC Brasil, BMG, PNB Paribas, BTG Pactual, Banrisul, Daycoval, Fibra, Banco do Estado do Pará, Banco Gerador, Banco Original, Banco Mercantil do Brasil, Banco Intermedium, Banco Original do Agronegócio, Banco Pine, Pan, Safra, Votorantim, Safra, BRB, BM&FBovespa, BES, BDMG, Paraná Bancos, J. Malucelli Seguradora, J. Malucelli Resseguradora e Votorantim Finanças.

    Em 24 do mês passado, a S&P reduziu a nota de risco do Brasil de "BBB" para "BBB-", o nível mais baixo do chamado grau de investimento.

    Isso significa que, apesar de ainda ser considerado um mercado seguro para investir, a instituição está menos confiante na capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.

    Editoria de Arte/Folhapress
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