• Mercado

    Thursday, 02-May-2024 18:18:43 -03

    Mercado passa a ver IPCA de 2014 a 6,47%, quase no teto da meta

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    14/04/2014 11h20

    Economistas de instituições financeiras passaram a ver a inflação praticamente no teto da meta ao final de 2014 e ainda projetam mais uma alta na Selic em maio mesmo depois de o Banco Central apontar o fim do ciclo de aperto monetário.

    Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostra que os economistas pioraram pela sexta semana seguida o cenário para os preços neste ano, vendo o IPCA agora a 6,47%, ante 6,35% na pesquisa anterior.

    A meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

    Para 2015, a perspectiva passou a 6%, alta de 0,16 ponto percentual, enquanto nos próximos 12 meses eles veem o indicador a 6,12%, alta de 0,05 ponto percentual.

    As revisões ocorrem após o IBGE informar um IPCA maior que o esperado em março, 0,92%, puxado pela alta dos alimentos, que subiram por causa da seca, e também por outros fatores.

    No acumulado de 12 meses, o IPCA chegou a 6,15%. A inflação de serviços voltou a ganhar força e agora está acima de 9% em 12 meses.

    Além do choque do preço dos alimentos, ainda existe a expectativa do impacto da conta da energia elétrica, que pode ocorrer ainda em 2014, a despeito dos esforços do governo para amenizar esse efeito.

    De acordo com analistas, os primeiros reajustes autorizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na semana passada sinalizam um IPCA ma is alto.

    No Focus, a expectativa para o aumento dos preços administrados neste ano, que inclui energia elétrica, subiu de 4,45% para 4,60%. Para 2015, a estimativa avançou de 5,50% para 5,90%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    SELIC

    Frente a esse cenário de pressão dos preços, os economistas consultados no Focus deixaram inalterada a perspectiva para a Selic no final deste ano em 11,25%, com nova alta de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom).

    Isso mesmo após as indicações dadas pelo BC no final da semana passada sobre o futuro da política monetária. Na quinta-feira (10), defendeu na ata da reunião em que elevou a Selic para os atuais 11% que a política monetária deve permanecer "vigilante", enfraquecendo a expressão "especialmente" usada até então.

    O BC destacou ainda que uma fatia importante dos efeitos do atual ciclo de aperto monetário na inflação "ainda está por se materializar".

    Além disso, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que pode interromper o ciclo de altas na Selic já em maio, apesar da aceleração da inflação de alimentos.

    O Focus mostrou ainda que o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, também não alterou sua expectativa para a Selic no final deste ano, mantendo-a em 11,88% na mediana.

    Para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a pesquisa mostrou que a estimativa para 2014 foi elevada a 1,65%, ante 1,63% anteriormente.

    Para 2015 foi mantida a expectativa de crescimento de 2%.

    Folhainvest

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024