O governo argentino anunciou que a inflação de março no país foi de 2,6%, a menor em três meses, segundo dados oficiais divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos) nesta terça-feira (15).
O número está abaixo dos 3,3% do Índice Congresso, elaborado pelos deputados da oposição com a aferição de consultorias privadas.
No primeiro trimestre, a inflação argentina ficou em 10%.
O ministro da Economia, Axel Kicillof, afirmou que a medição de março indica uma "considerável desaceleração" dos preços. Para ele, a queda foi impulsionada pelo programa de congelamento de preços nos supermercados (Preços Cuidados), lançado em janeiro pela Casa Rosada.
ANIBAL GRECO PARA THE NEWYORK TIMES | ||
Os preços em lojas, como este açougue em Buenos Aires, subiram depois da desvalorização do peso |
CONGELAMENTO DE PREÇOS
No último dia 7 de abril, o governo argentino havia anunciado a ampliação e prorrogação do congelamento de preços de alimentos, produtos de limpeza e perfumaria em várias redes de supermercados do país.
Em uma tentativa de conter a inflação, o programa Preços Cuidados, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro e duraria três meses, se estenderá até o fim de junho com o acréscimo de 108 novos produtos à lista de 194 que já estavam com preço fixo.
"Não é um congelamento imposto pelo Estado, mas um conjunto volumoso de acordos voluntários com diferentes empresas", afirmou o ministro Kicillof, durante o anúncio.
Na nova etapa do Preços Cuidados, a casa Rosada autorizou o reajuste de até 3,2% nos preços de alguns produtos –menos da metade da inflação acumulada no primeiro bimestre, de 7,3%.
Após a maior desvalorização do peso em 12 anos, no fim de janeiro, o programa de congelamento de preços se tornou uma das obsessões da presidente Cristina Kirchner.