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    Faturamento dos serviços cresce 10,3% em fevereiro

    PEDRO SOARES
    DO RIO

    16/04/2014 09h17

    O faturamento do setor de serviços cresceu 10,3% em fevereiro, na comparação com igual mês de 2013.

    O ritmo, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE, é mais acelerado que a taxa de 9,3% registrada em janeiro.

    Com o resultado, a receita das empresas do setor subiu 8,7% no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro.

    Já no primeiro trimestre, a taxa ficou positiva em 9,8%.

    Todos os dados do IBGE expressam a receita nominal do setor, sem descontar a inflação no período. A alegação é que a pesquisa é recente e não é possível ainda fazer esse ajuste, assim como compará-la com o mês imediatamente anterior por meio do processo de ajuste sazonal.

    Para economistas, o forte desempenho do setor de serviços apontado pela pesquisa é mascarado pela inflação elevada dos itens que integram o grupo.

    Em 12 meses até fevereiro, a inflação de serviços ficou em 8,20%. O IPCA, no período, foi de 5,68%.

    Ja nos 12 meses até março, o índice de serviços saiu de um patamar em torno de 8% nos últimos meses para 9,01%, maior taxa desde o final de 2011. No período, o IPCA chegou a 6,15%.

    Impulsionam o consumo de serviços a renda ainda em expansão, a falta de concorrência (já que a importação praticamente inexiste no setor) e o baixo desemprego.

    Outro foco de pressão são os reajustes do salário mínimo, que elevaram o custo da mão de obra, principal despesa de boa parte dos prestadores de serviço.

    SEGMENTOS

    Pelos dados do IBGE, as maiores altas em fevereiro ficaram com os segmentos de serviços prestados às famílias (alimentação, hospedagem, lazer e outros), com expansão de 13,2%, e transportes e correio (14,7%).

    Já serviços profissionais e administrativos e serviços de informação e comunicação tiveram resultados mais modestos: 7,5% e 9,3%, respectivamente.

    Para Roberto Saldanha, técnico do IBGE, o grande destaque em fevereiro foi o setor de transporte (o de maior peso dos serviços, com um terço de participação), em especial a atividade de cargas.

    Trata-se de um reflexo da aceleração da indústria em janeiro e fevereiro, diz, que fez crescer a movimentação de mercadorias.

    Com isso, os transportes terrestres avançaram de uma alta de 3,8% em janeiro para 11,8% em fevereiro. O segmento de carga é o de maior peso dentro de transporte terrestre.

    Outro destaque foi o transporte aéreo (alta de 20,6% em fevereiro, contra 12,2% em março) graças à compra de passagens antecipadas para o Carnaval, que neste ano caiu em março.

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