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    Por setor automotivo, Dilma quer nova rodada de negociações com Argentina

    TAI NALON
    DE BRASÍLIA

    17/04/2014 12h40

    A presidente Dilma Rousseff determinou nesta quinta-feira (17) nova rodada de negociações com a Argentina para reduzir restrições para a exportação de veículos automotores.

    Segundo o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, na semana que vem o ministro Mauro Borges (Desenvolvimento) e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, deverão ir ao país vizinho discutir a situação.

    A Argentina é o principal parceiro comercial das fábricas brasileiras do setor. Compra nove de cada dez carros exportados pelo Brasil. O país vive uma crise cambial e adotou, em dezembro, medidas de restrição de até 27,5% na compra de importados para conter a deterioração das reservas.

    "Nós perdemos no primeiro trimestre 32% das exportações previstas. Então é um prejuízo bastante pesado. E as exportações significam cerca de quase 20% da nossa produção. Então nós estamos falando de um impacto de 27% a 28% na produção", relatou Moan após audiência com a presidente no Palácio do Planalto.

    Ele descartou, no entanto, que os recentes prejuízos e a alta dos custos de produção, ligados à alta do aço, dos custos de logística e da energia elétrica, não deverão impactar neste primeiro momento em aumento generalizado de preços e aumento do desemprego.

    Questionado se Dilma sinalizou com retomada do aumento do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), que vem aumentando progressivamente desde o ano passado, disse que o tema não foi abordado diretamente.

    "A única coisa que nós colocamos foi uma questão ligada a custos, que pode virar um aumento de preços e o único momento em que falamos de IPI é de uma preocupação de um aumento novo de preço em função de IPI", disse.

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