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    Força Sindical planeja manifestações pelo país a seis dias da Copa

    DE SÃO PAULO

    17/04/2014 13h24

    De olho na Copa do Mundo, sindicalistas ligados à Força Sindical querem que, a cada semana, uma categoria entre em greve, até poucos dias da abertura do evento.

    Na última quinta-feira (17), em reunião realizada na sede da central, em São Paulo, lideranças de diversas categorias estabeleceram um calendário de paralisações a partir de 1º de maio.

    As primeiras a cruzar os braços devem ser as de construção civil, indústria alimentícia e metalúrgicos.

    A paralisação deve culminar em um ato nacional no dia 6 de junho, a menos de uma semana do início da Copa, marcado para o dia 12.

    Nesse evento, a central espera levar às ruas 4,7 milhões de trabalhadores, ligados aos 759 sindicatos filiados.

    Embora a expectativa da central sindical seja mobilizar todos os sindicatos filiados, apenas as categorias com data-base para negociação salarial estabelecida no primeiro semestre e que não conseguirem firmar acordos até lá entrarão em greve.

    A cidade que deve contar com mais trabalhadores parados é São Paulo, onde também se concentram categorias essenciais ligadas à Força Sindical, caso dos prestadores de serviços de saúde e aeroportuários.

    VITRINE

    O presidente licenciado da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), afirma que o objetivo é usufruir da visibilidade que as manifestações ganharão no período.

    "Ninguém está contra a Copa, mas ela ajuda na visibilidade, que pode ser até internacional. Estamos pensando nisso também."

    Ficou definida também uma estratégia para enfrentar os questionamentos judiciários. Se os tribunais do trabalho multarem sindicatos que não seguirem o estabelecido na Lei de Greve (leia texto ao lado), a central arcará com os custos.

    Anteontem, a Justiça do Trabalho de São Paulo anunciou que os juízes farão uma força-tarefa para julgar as greves que ocorrerem durante a Copa. Os julgamentos poderão ocorrer até mesmo durante os finais de semana.

    Sobre o anúncio, o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou: "Gostaria que fossem tão rápidos assim para julgar ações trabalhistas. As atividades essenciais deveriam ser trabalhadas durante todo o ano, e não apenas quando se faz greve."

    Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, aponta também para questões econômicas ao justificar as ações da central. "Haverá a paralisação em função dos problemas na economia, que vêm se deteriorando e prejudicando as negociações salariais", afirma.

    Segundo ele, algumas categorias estão em situação preocupante, como o setor sucroalcooleiro, que deve entrar em greve logo nas primeiras semanas da maratona.

    LEI REGULA PARALISAÇÕES

    As greves são regulamentadas no Brasil pela lei nº 7.783 de 1989, a chamada Lei da Greve.

    Ela estabelece um rito para que uma paralisação seja considerada válida.

    Encerradas as possibilidades de negociação entre trabalhadores e empregadores, os sindicatos precisam aferir a vontade da categoria, em assembleia.

    Depois disso, devem enviar um aviso de greve aos patrões, até 48 horas antes da paralisação.

    Em categorias consideradas essenciais, esse prazo para o aviso é ampliado para 72 horas.

    A Justiça do Trabalho avalia se as greves estão em conformidade com a lei e, em caso contrário, estabelece punições, como multas, por exemplo.

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