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    Cogeração de energia conquista empreendimentos multiuso de SP

    MACHADO DA COSTA
    DE SÃO PAULO

    22/04/2014 03h00

    Impulsionado por um cenário de crise no setor de energia elétrica do país, o mercado de cogeração começa a conquistar megaempreendimentos imobiliários em São Paulo.

    Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), cerca de 90% dos novos condomínios multiuso -que agregam shopping centers, edifícios comerciais e residenciais- já utilizam o sistema.

    A cogeração consiste na geração de dois tipos de energia por meio de uma única fonte. No caso mais comum, queima-se gás natural para produzir energia elétrica e térmica. A primeira abastece os equipamentos elétricos e a segunda o maquinário industrial que dependa de uma fonte termal ou o sistema de refrigeração.

    Sérgio Silva, presidente da Cogen, afirma que o sistema elétrico, principalmente nos grandes centros comerciais, está sobrecarregado.

    Para ajudar a suprir essa demanda, a Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) tem trabalhado em projetos de cogeração paulistanos.

    Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

    Segundo Luis Henrique Guimarães, diretor da companhia, é uma alternativa para evitar que empresas deixem a capital para buscar segurança energética no interior do Estado, por exemplo.

    A AES Eletropaulo, distribuidora que abastece a Grande São Paulo, por seu lado, afirma possuir plena capacidade de suprir a energia demandada pelos novos empreendimentos na cidade.

    Sidney Simonaggio, vice-presidente de Operações, diz que a AES Eletropaulo possui uma capacidade de transformação de 14.000 MW, enquanto o recorde de consumo na cidade, em fevereiro deste ano, foi de 8.600 MW. "Se há uma demanda nova em qualquer região, a Eletropaulo fará investimentos para atender as necessidades."

    Segundo a consultoria Navigant Research, a capacidade industrial de cogeração deve aumentar 50% no mundo nos próximos dez anos.

    CUSTOS ALTOS

    Para cada megawatt gerado, cerca de R$ 3 milhões precisam ser investidos, e somente em um prazo de 15 anos o custo do maquinário necessário para a conversão da energia é pago.

    "De pronto, há uma economia de 30% no preço da energia. Cerca de 25% desse valor é usado para amortizar o investimento", diz Nelson Oliveira, presidente da Ecogen.

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