O total de linhas telefônicas por habitante no Brasil superou o total registrado nos Estados Unidos, segundo pesquisa conduzida pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV-EAESP.
No Brasil, o índice alcançou 158% (mais de três linhas para cada dois habitantes), enquanto nos EUA a densidade é de 156%. O número abrange linhas de aparelhos fixos e móveis.
"Há dez anos, eu não imaginava que poderia divulgar uma coisa dessas. No Brasil temos hoje mais telefones do que nos EUA. Por diversos fatores, como os pré pagos", afirma Fernando Meirelles, coordenador do estudo.
Isso ocorre, segundo a FGV, pela diferença de tarifação praticada nos mercados de EUA e Brasil.
"A nossa política de tarifação provocou uma proliferação da compra de celulares nas camadas mais baixas da população. O consumidor compra uma linha de cada operadora e coloca R$ 10 de crédito em cada aparelho, mas só usa o serviço sem tarifa, para ligar para a mesma operadora. Nos EUA não é assim", diz Meirelles.
No mercado americano, operadoras vendem linhas pré-pagas que permitem ligações gratuitas para todos os números do país, independentemente de serem fixos, celulares ou de empresas concorrentes.
COMPUTADORES
A pesquisa também mostrou que existem atualmente 136 milhões de computadores e similares em uso em empresas ou domicílios brasileiros. Deste total, segundo o levantamento, 18 milhões são tablets.
Para este ano, a entidade estima que outras 24,8 milhões de unidades serão vendidas. O volume de computadores no Brasil deve chegar a 200 milhões em 2016, com um computador por habitante.
Atualmente, o uso desses dispositivos alcança uma penetração de 67%, dois computadores para cada três habitantes.
A comercialização de produtos como tablets e computadores manteve crescimento de 19% em 2013, com vendas de notebooks superiores a desktops. Os tablets, por sua vez, superam as vendas de notebooks.
De acordo com a pesquisa, no mês de maio, os tablets devem ser responsáveis por 40% das vendas.
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Evolução do mercado de computadores
| Anos | Base Ativa |
| 1981 até 1986 | 200.000 |
| 1988 até 1993 | 2.000.000 |
| 1994 até 1996 | 4.000.000 |
| 1997 até 1999 | 8.000.000 |
| 2000 até 2002 | 16.000.000 |
| 2003 até 2007 | 32.000.000 |
| 2008 até 2012 | 100.000.000 |
| 2013 até 2016* | 200.000.000* |
| 2017 até 2020* | 300.000.000* |
*estimativa
Fonte: Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV-EAESP
| Guilherme Pupo/Folhapress | ||
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| Funcionários trabalham na linha de montagem da fábrica da Positivo Informática na Cidade Industrial, em Curitiba (PR) |