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    Indicador de clima econômico do Brasil é o menor desde 1999

    DE SÃO PAULO

    14/05/2014 09h18

    As avaliações de economistas sobre o Brasil voltaram a piorar em abril e derrubaram o índice de clima econômico do país ao nível mais baixo desde 1999.

    No levantamento, feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas) desde 1989, a nota brasileira só não é pior que a Venezuela, entre 11 principais economias da América Latina.

    O índice do Brasil caiu para 71 pontos em abril, ante 89 em janeiro. Trata-se de um patamar bem inferior à média dos últimos dez anos, de 121 pontos.

    A pesquisa é trimestral e feita com base em informações - qualitativas e quantitativas- prestadas por especialistas nas economias da América Latina. No levantamento de abril, foram ouvidos 159 profissionais, em 18 países.

    A pontuação final é uma média das notas dos indicadores, divididos entre aqueles sobre a situação atual e expectativas para os próximos meses. Notas abaixo de 100 pontos são consideradas como desfavoráveis.

    No caso do Brasil, a pior avaliação é sobre o panorama atual (68 pontos), enquanto há mais otimismo em relação aos próximos seis meses (74 pontos).

    Para os economistas ouvidos na sondagem, os principais problemas do país são: falta de competitividade internacional, falta de confiança nas políticas do governo, inflação, deficit público e a carência de mão de obra qualificada.

    São questões comuns à maior parte das economias da América Latina, conforme mostra o levantamento.

    Sete dos 11 principais países avaliados na pesquisa tiveram piora no índice de clima econômica em abril. A Venezuela, com 20 pontos, aparece na última posição. A Bolívia mostra o melhor resultado (140 pontos).

    A nota da região como um todo caiu de 95 para 90 pontos.

    CRESCIMENTO

    O baixo desempenho na avaliação sobre o clima econômico se traduz em previsão menor de crescimento, também estimada na sondagem.

    A expectativa é que Venezuela (-1,3%), Argentina (0,1%) e Brasil (1,7%) fiquem na lanterna da região em 2014. Bolívia (6%), Peru (5,1%), Paraguai (4,9%) e Colômbia (4,4%) devem ter os melhores desempenhos.

    Editoria de Arte/Folhapress

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