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    Vendas baixas fazem GM conceder férias coletivas durante a Copa

    DE SÃO PAULO

    21/05/2014 17h43

    Para ajustar sua produção após o baixo desempenho das vendas de carros, a GM anunciou que concederá férias coletivas aos funcionários de terceiro turno em suas três fábricas no Brasil.

    Trabalhadores da empresa em São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS) ficarão de 12 dias até um mês parados.

    A montadora estudava implantar uma paralisação coletiva durante o período da Copa do Mundo –a queda nas vendas reforçou a decisão.

    Nos quatro primeiros meses do ano, a indústria acumula produção de 1,07 milhão de veículos, com queda de 12% sobre o mesmo período em 2013, ampliando a retração registrada no primeiro trimestre (8,4%), de acordo com dados da Anfavea (associação dos fabricantes). No acumulado do ano, as vendas apresentaram queda de 5%. No mês, as vendas subiram 21,8% em relação a março, mas na comparação com abril do ano passado caíram 12,1%.

    Os empregados do terceiro turno da GM na fábrica de São Caetano do Sul ficarão de férias entre os dias 12 e 29 de junho.

    Em São José dos Campos, a paralisação será de 12 a 29 de junho, no setor de veículos comerciais leves, e de 12 a 23 de junho na fábrica de transmissores e no setor de carros desmontados.

    Em Gravataí, a interrupção irá durar um mês, entre 12 de junho e 11 de julho.

    A GM não divulga quantos funcionários irão entrar no programa de férias coletivas, mas os sindicatos que representam os trabalhadores dessas regiões estimam que 6.200 funcionários serão atingidos –3.200 das fábricas e 3.000 funcionários do setor administrativo.

    Além dos empregados em férias coletivas, todos os 21,5 mil funcionários da empresa não trabalharão em dias dos jogos do Brasil na primeira fase da competição, nos dias 12, 17 e 23 de junho.

    OUTRAS MONTADORAS

    Muitas montadoras no país adotaram estratégias para corte de produção, diante de acúmulo de estoques em concessionárias e pátios. As medidas incluíram programas de demissão voluntária e redução nas horas trabalhadas.

    A Volkswagen implementou neste mês um programa de "lay-off" (suspensão temporária de contrato de trabalho) nas fábricas de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) e São José dos Pinhais (PR).

    Em Porto Real (RJ), 650 dos 3.000 trabalhadores do grupo PSA Peugeot Citroën entraram em "lay-off" em fevereiro.

    GM, Fiat e Mercedes deram férias coletivas em algumas de suas unidades.

    E a já Volvo anunciou que irá reduzir sua produção de caminhões no Brasil.

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