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    Ações de bancos sobem e ajudam Bolsa a se manter no azul

    DE SÃO PAULO

    27/05/2014 11h18

    Depois de ter começado o dia com leve queda, o principal índice da Bolsa brasileira retomou o fôlego e passou a subir nesta terça-feira (27) guiado pelas ações de bancos, em meio a expectativa de novo adiamento no caso da correção das poupanças, que estava previsto para ser julgado nesta semana.

    Às 11h10 (de Brasília), o Ibovespa avançava 0,32%, para 53.103 pontos. O volume financeiro era de R$ 734 milhões no mesmo horário e, de acordo com analistas, a quantidade de negócios deve ser retomada hoje, depois do fraco desempenho de ontem, passado o feriado de "Memorial Day" nos EUA.

    As ações preferenciais (sem direito a voto) de Itaú Unibanco e Bradesco subiam 2,32% e 1,52%, respectivamente, às 11h02. Juntos, esses papéis representam mais de 15% do Ibovespa. Outras instituições financeiras também avançavam, como o Banco do Brasil (+2,76%) e Santander (+1,06%).

    Segundo operadores, o forte desempenho ocorre depois de uma reportagem do jornal Estado de S.Paulo ter afirmado que será novamente adiado o julgamento em que os bancos poderão ter de pagar supostas perdas no rendimento da caderneta de poupança geradas por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 para debelar a hiperinflação.

    De acordo com a publicação, o julgamento será adiado por tempo indeterminado e será defendido, inicialmente, pelos relatores dos processos que tratam do assunto (Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli). O caso seria julgado pelo STF (Superior Tribunal Federal) na quarta-feira (28).

    A Folha havia antecipado que esta seria uma possível saída discutida por membros do STF, o que evitaria que um ministro tivesse que assumir o desgaste de pedir vista, motivando nova suspensão do caso.

    Ministros do Supremo ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato admitiram ontem que, diante da pressão do governo e dos bancos, há um desconforto no tribunal para analisar neste momento as ações.

    Em sentido oposto, as ações da JBS cediam 0,38%, às 11h11, após a empresa ter anunciado uma oferta para comprar a empresa de comidas processadas Hillshire, nos EUA. O negócio, feito por meio da subsidiária americana do frigorífico, a Pilgrim's Pride, é estimado em US$ 6,4 bilhões.

    A Hillshire é dona de mais de cinco marcas e vende produtos como salsichas, linguiças e presuntos. A companhia tem vendas de US$ 4 bilhões e cerca de 9.000 funcionários nos EUA.

    CÂMBIO

    No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,55% sobre o real, às 11h12, cotado em R$ 2,231 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,35%, para R$ 2,232.

    O Banco Central deu continuidade ao programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4 mil contratos de swaps (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por um total de US$ 198,7 milhões. A autoridade também promoverá, até o final da manhã, um novo leilão para rolar 5 mil swaps que venceriam em 2 de junho.

    Folhainvest

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