A economia brasileira cresceu 2,5% em 2013, acima dos 2,3% divulgados inicialmente, segundo dados revisados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A mudança no desempenho do PIB foi consequência da recente alteração na composição da série da produção industrial e turbinada pelo melhor desempenho da agropecuária (de 7% para 7,3%), da indústria (1,3% para 1,7%) e dos serviços (2% para 2,2%).
A alteração da pesquisa de indústria reponderou os pesos de todos o setores e, com um maior crescimento do setor fabril, há um impacto nos demais ramos que fornecem às fábricas.
Os resultados trimestrais também mudaram. Segundo o IBGE, o PIB do quarto trimestre do ano passado teve expansão de 0,4% sobre julho a setembro, ante 0,7% reportado inicialmente.
2014
O IBGE divulgou nesta sexta-feira (30) que o crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano foi de 0,2% frente aos últimos três meses de 2013. Já na em relação com o período de janeiro a março de 2013, a alta foi de 1,9%, inferior ao quarto trimestre nessa mesma base de comparação.
O desempenho ficou em linha com as previsões de analistas na comparação com o quarto trimestre. Na comparação com os três primeiros meses de 2013, analistas esperavam alta de 2%, segundo levantamento da agência Bloomberg.
A perda de ritmo neste ano é uma resposta a um cenário menos favorável à expansão da atividade econômica, com juros maiores, confiança de empresários e consumidores cada vez mais fraca (o que sinaliza menor crescimento à frente), crédito caro e mais restrito (um reflexo da inadimplência em patamar elevado e de juros altos) e especialmente inflação maior.
Com o custo mais elevado principalmente de alimentos, sobra menos dinheiro para consumir bens menos essenciais e mais caros. "A inflação corroeu a renda das famílias", diz Alessandra Ribeiro da Tendências Consultoria.
Com Reuters