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    Metade dos estádios da Copa não terá wi-fi para torcedores

    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    03/06/2014 11h46

    O Sinditelebrasil, sindicato que representa as empresas de telefonia no país, divulgou nesta terça-feira (3) que apenas metade dos estádios da Copa contará com sistema wi-fi, que deve ajudar a desafogar a rede das empresas diante do uso intenso dos torcedores.

    O sistema estará disponível apenas nos estádios de Brasília, Porto Alegre, Salvador, Rio, Manaus e Cuiabá.

    Nas arenas de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Curitiba e Natal, portanto, os torcedores terão mais dificuldade para publicar fotos nas redes sociais ou para encaminhar vídeos e mensagens que usem aplicativos conectados à internet.

    O sindicato estima que, em média, em um período de uma hora dentro de um estádio poderão ser completadas cerca de 300 mil chamadas de voz, com duração média de 2,4 minutos, além de 24 mil conexões simultâneas de dados.

    "Toda arena é um local de altíssima concentração de tráfego de dados", disse Eduardo Levy, presidente-executivo do sindicato.

    "As pessoas vão querer fotografar muito mais que falar –e fotografia consome muito mais dados que o serviço de voz", afirmou.

    NEGOCIAÇÕES

    Segundo Levy, o problema com a rede de wi-fi se deve a dificuldade de negociação entre o conjunto de empresas de telecom e os estádios.

    Essa negociação é necessária porque os responsáveis pelos estádios precisam autorizar a instalação dos equipamentos e o serviço de wi-fi.

    "Em alguns casos não tivemos sucesso para colocar a rede de wi-fi, porque não nos autorizaram. Onde não houver rede a capacidade de dados é menor", completou.

    REFORÇO

    Levy destacou, porém, que as empresas de telefonia conseguiram fazer instalações da infraestrutura indoor. Trata-se de um reforço da cobertura convencional de internet 2G, 3G e 4G. Essa ampliação do serviço é feita por meio da instalação de antenas extras no interior do estádio.

    No entanto, em São Paulo e em Curitiba, não houve tempo suficiente de concluir o projeto –o que significa que em algumas áreas desses estádios, como corredores de deslocamento, vestiários e estacionamento subterrâneo, o sinal ficará fraco ou inexistente.

    "Eles [os estádios] não terão boa cobertura nessas áreas pelo tempo insuficiente que tivemos para instalar essa cobertura. Mas isso ocorrerá em locais de menor importância para o torcedor", afirmou Levy.

    "Tudo o que não fizemos não foi porque não quisemos, mas porque não conseguimos."

    O Sinditelebrasil informou que, nas arquibancadas, o serviço de 2G, 3G e 4G será equivalente em todos os estádios.

    "[Em qualquer estádio] o torcedor pode até demorar mais do que gostaria para postar a foto, mas ele vai conseguir mandar durante o período em que estiver dentro do estádio. Dois, três ou quatro minutos depois do que gostaria".

    Ao todo, as empresas investiram R$ 212 milhões para fazer essas novas instalações.

    Levy reforçou que o teste feito no Itaquerão, no último fim de semana, mostrou que a resposta das instalações foi "positiva".

    PRAZOS

    O Itaquerão foi o estádio em que as teles tiveram menos tempo para fazer a instalação das antenas na área interna, a chamada cobertura indoor. O estádio está também na lista dos que não permitiram o serviço de wi-fi das teles.

    Do total de dias necessários para o serviço (150), as teles tiveram apenas 62 para instalar os equipamentos de reforço da rede no Itaquerão.

    Das arenas que não receberam os jogos da Copa das Confederações, onde o reforço da rede já havia sido feito, apenas na de Natal o prazo foi cumprido corretamente.

    Em Manaus as teles tiveram 86 dias, Curitiba 71 dias, Porto Alegre 70 e Cuiabá 65.

    VEJA A CAPACIDADE DOS ESTÁDIOS

    Estádio Chamadas de voz (por hora) Conexões simultâneas
    Minerirão (Belo Horizonte) 391 mil 13 mil
    Mané Garrincha (Brasília) 352 mil 43 mil
    Castelão (Fortaleza) 308 mil 11 mil
    Arena Pernambuco (Recife) 291 mil 10 mil
    Maracanã (Rio de Janeiro) 515 mil 48 mil
    Fonte Nova (Salvador) 287 mil 32 mil
    Arena Pantanal (Cuiabá) 286 mil 29 mil
    Arena da Baixada (Curitiba) 292 mil 9 mil
    Arena Amazônia (Manaus) 331 mil 31 mil
    Arena das Dunas (Natal) 298 mil 10 mil
    Estádio Beira-Rio (Porto Alegre) 429 mil 37 mil
    Itaquerão (São Paulo) 458 mil 12 mil

    Fontes: Fifa e Sinditelebrasil

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