A pergunta foi enviada pela leitora C.J., de São Paulo (SP).
RESPOSTA DO PROFESSOR DA PUC-RIO E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER ALEXANDRE CANALINI - Na pergunta completa, você diz que percorre 60 km por dia na ida e volta do trabalho e quer morar mais próximo de onde trabalha, o que, em minha visão, está correto. Recentemente tivemos notícias de engarrafamento recorde em São Paulo e não há perspectiva de solução para o problema de trânsito das grandes metrópoles brasileiras.
Morando mais próximo ao seu trabalho, entendo que você terá mais tempo para fazer atividades que sejam prazerosas. Vamos avaliar alternativas para o seu caso.
Minha primeira alternativa não está entre as que você cita na pergunta completa. Eu avaliaria manter a propriedade e alugá-la a um bom inquilino. Você terá uma renda com o aluguel que poderá ser usada para o custeio da sua nova moradia perto do trabalho.
Essa alternativa é vantajosa porque você não pagará comissões de venda e compra dos imóveis, ficará livre do imposto sobre o ganho de capital se aplicável ao seu caso, além de poder voltar a morar no mesmo local quando se aposentar ou se um novo trabalho for mais próximo da sua casa atual. Entendo ser a melhor solução para seu caso: é reversível e menos onerosa.
Caso a sua decisão seja vender o imóvel, avalio que o menos arriscado é adquirir um novo. Assim, você não correrá o risco de que os imóveis subam de preço e você não tenha capital para comprar uma nova casa. Destaco como desvantagem o IR que você pode ter que pagar e as comissões. Você terá menos capital do que auferiu com a venda para comprar o seu novo imóvel.
A terceira alternativa seria vender o seu imóvel e aplicar os recursos. Parte da rentabilidade seria usada para pagar o aluguel e a outra parte seria capitalizada para fazer os seus recursos renderem. Além do IR e das comissões, você deverá avaliar com cuidado como aplicar seus recursos. Prefira investimentos conservadores como LCAs, LCIs, CDBs e fundos referenciados DIs.
Investimentos arrojados não são adequados a você. Em condições normais, seus 62 anos exigem um perfil mais conservador.
