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    o brasil que dá certo - sudeste

    Novo polo de montadoras, sul do RJ já pensa em diversificar indústrias

    GILMARA SANTOS
    ENVIADA ESPECIAL A RESENDE (RJ)

    26/06/2014 02h25

    Turismo, comércio e agronegócio, atividades econômicas predominantes no sul fluminense, deram lugar à indústria automotiva.

    A região de Resende, Itatiaia e Porto Real tem quatro montadoras –MAN, PSA Peugeot Citröen, Hyundai Heavy Industries Brasil e Nissan. Uma quinta, a Jaguar Land Rover, deve abrir em 2016.

    As fábricas empregam hoje cerca de 10 mil trabalhadores e devem chegar a cerca de 30 mil em cinco anos, segundo a Firjan (federação das indústrias fluminenses). No país, a indústria automobilística emprega cerca de 115 mil trabalhadores, conforme levantamento da FEM-CUT há cerca de três meses.

    SUDESTE
    Região é aglutinadora de capital humano

    A Firjan estima que o investimento seja de cerca de R$ 5,7 bilhões nas três cidades, entre 2014 e 2016, na construção de fábricas e na expansão das já existentes.

    A proximidade com outras marcas levou a Jaguar Land Rover a escolher a região, segundo o diretor de operações da Jaguar Land Rover para o Brasil, Ruben Barbosa.

    Ele cita como benefícios o acesso facilitado a mão de obra e fornecedores. As cidades atraíram indústrias vidros, elétrica voltada para automóveis, borracha (notadamente pneus) e logística.

    Só Porto Real e Resende receberam 53 empresas.

    DE CARONA

    A indústria automotiva impulsiona outras áreas, diz o vice-presidente de produção e logística da MAN, Adilson Dezoto. É o caso, por exemplo, da área de construção.

    Um caso é o da Concremat Engenharia, responsável pelo gerenciamento e fiscalização de obras da fábrica da Nissan. O trabalho terminou há alguns meses, mas a empresa decidiu manter um escritório em Resende para atender às novas demandas.

    "Há grande necessidade na área de infraestrutura, educação e saúde", afirma o diretor comercial da empresa no RJ, Eduardo Viegas.

    O setor hoteleiro viu sua taxa de ocupação subir com o público corporativo. O Hotel Rio Penedo, por exemplo, abriu mão de abrigar sul-coreanos da Hyundai –que tinham exigências de alimentação e voltagem das tomadas– para ficar com os franceses e americanos.

    A taxa de ocupação durante a semana é de 80% a 85%.

    Cidades menores também pegam carona. É o caso de Quatis, que tenta atrair empresas do setor metalmecânico e de TI. O prefeito Raimundo de Souza afirma que já negocia com duas empresas.

    Em Porto Real (RJ), no Vale do Paraíba, há 18 mil habitantes e cerca de 20 mil empregos na indústria de autopeças e logística, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Eduardo Augusto Mentzingen Linhares.

    "Isso beneficia os municípios vizinhos", diz. Das cerca de 40 indústrias, 17 são ligadas ao setor automotivo.

    As cidades já se movimentam, porém, para reduzir a dependência do setor automotivo –a produção de veículos no país recuou 18% entre janeiro e maio deste ano, sobre igual período de 2013.
    Resende tem como meta diversificar e atrair a área de TI, segundo a prefeitura.

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