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    Financiamento habitacional puxa resultados do PAC

    JULIA BORBA
    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    27/06/2014 11h34

    As despesas com financiamento habitacional, mais uma vez, puxaram os resultados do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

    Apenas este ano –até 30 de abril– foram gastos R$ 32,5 bilhões neste segmento, do total de R$ 98 bilhões aplicados pelo programa. O novo balanço foi divulgado nesta sexta-feira (27).

    Segundo informações do Ministério do Planejamento, o resultado geral de investimentos realizados este ano é 15% superior ao do mesmo período do ano passado, que também considerou resultados de janeiro ao fim de abril.

    No período, o financiamento estatal ficou em R$ 25 bilhões, e o do setor privado, em R$ 22 bilhões.

    Do total de R$ 98 bilhões investidos pelo PAC este ano, R$ 2 bilhões vieram de financiamentos ao setor público (ou seja, bancos emprestaram dinheiro para Estados e municípios tocarem suas obras) e outros R$ 14 bilhões são investimentos diretos da União.

    A execução pelo programa Minha Casa Minha Vida, exclusivamente, foi de R$ 5 bilhões.

    Ainda segundo informações do Ministério do Planejamento, o PAC 2 investiu, entre 2011 e 30 de abril de 2014, R$ 871,4 bilhões.

    CONCLUSÃO DE OBRAS

    O documento do governo destaca que a execução do PAC foi de R$ 871,4 bilhões até 30 de abril deste ano. Esse valor representa 84,6% do orçamento previsto para o período 2011 a 2014.

    Já as ações, até o momento concluídas, somam R$ 675,8 bilhões, considerando os seis eixos de ações do programa. O resultado corresponde a 95,5% do total previsto até o fim do ano.

    O resultado seria 15,9% superior ao último balanço divulgado, que registrou R$ 583 bilhões em obras concluídas.

    Pelos dados do governo, foram concluídas obras em 3.003 km de rodovia. O balanço oficial, porém, inclui nesta lista concessões de estradas cujas obras sequer começaram, como a BR-040, que liga Brasília (DF) a Juiz de Fora (MG).

    Já no conceito de obras com execução "adequada" o governo também considerou algumas que estão atrasas há anos, como a integração do São Francisco –prevista inicialmente para 2012, mas que deve ficar pronta apenas em dezembro de 2015.

    TROCA DE MINISTROS

    A ministra Miriam Belchior (Planejamento) afirmou nesta sexta-feira (27) que a troca de ministros em duas pastas diretamente relacionadas aos projetos de infraestrutura do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não prejudicará a entrega das obras previstas.

    Ontem, os novos ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e da Secretaria Especial de Portos, César Borges, tomaram posse em uma solenidade com a presença da presidente Dilma Rousseff.

    "Todas as equipes envolvidas [nos projetos de infraestrutura] permanecerão. Elas darão continuidade ao trabalho", disse a ministra. "As nossas discussões sobre infraestrutura levam em conta diversos modais. Temos discutido os assuntos juntos, o que tem permitido integração muito forte", completou.

    Miriam Belchior rebateu também as críticas sobre o baixo crescimento do país, mesmo diante dos vultosos investimentos em infraestrutura feitos nos últimos anos.

    "A conjuntura internacional está muito ruim, o crescimento mundial está menor. Esse é um efeito que reflete sobre nossa economia", disse. "Eu queria ver o que estaria acontecendo caso esses investimentos, que estavam parados há mais de 20 anos, não estivessem sendo feitos. Ai sim o país estaria vivendo uma situação muito difícil".

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