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    Entenda quais os mecanismos usados em 1994 na criação do Plano Real

    DE BRASÍLIA

    28/06/2014 02h00

    O Plano Real combinou medidas ortodoxas e heterodoxas para debelar uma inflação que já ia a mais de 1% ao dia (10.000%/ano).

    Desde os anos 80, apontava-se que a inflação brasileira não poderia ser enfrentada apenas com juros altos e corte de gastos.

    Planos anteriores, como o inaugural Cruzado, de 1986, haviam se baseado em congelamentos de preços.

    O Real foi mais sofisticado: antes do lançamento da nova moeda, empresários e consumidores foram habituados a utilizar a URV (Unidade Real de Valor), espécie de moeda virtual cuja cotação era atualizada diariamente.

    O trabalhador que recebia em cruzeiros reais sabia também qual era seu poder de compra em URVs.

    Quatro meses depois de lançada, a URV foi substituída pelo real. A partir daí, a inflação foi mantida baixa com juros altos e, principalmente, controle das cotações do câmbio: o dólar barato reduzia o preço dos importados.

    Foi descumprido, porém, o equilíbrio das contas públicas, e a dívida pública disparou, o que afugentou investidores e reduziu reservas em dólar. Em 1999, o controle do câmbio foi abandonado.

    A partir daí, a política econômica do Plano Real deu lugar à combinação de metas de inflação, metas fiscais e câmbio flutuante -mantida, embora já muito desfigurada, até hoje.

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