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    Bolsa tem leve queda após resultado negativo do setor público brasileiro

    DE SÃO PAULO

    30/06/2014 11h34

    O principal índice da Bolsa brasileira opera em baixa nesta segunda-feira (30), com investidores digerindo dados sobre as contas do setor público, que fecharam maio com o primeiro resultado negativo para o mês desde o início da série histórica do Banco Central, em 2002.

    O Ibovespa tinha, às 11h30 (de Brasília), queda de 0,30%, aos 52.996 pontos. O volume financeiro era de R$ 872,7 milhões no mesmo horário.

    De acordo com o BC, União, Estados, municípios e empresas estatais registraram deficit primário de R$ 11,05 bilhões no mês passado. Considerando todos os meses, o resultado é o pior desde dezembro de 2008, quando o deficit foi de R$ 20,952 bilhões, no auge da crise internacional.

    Colaborando para o mau humor dos investidores, economistas de instituições financeiras reduziram pela quinta semana consecutiva a perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano, de acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central. A expectativa passou a 1,10%, 0,06 ponto percentual a menos que no levantamento anterior.

    A confiança do empresário brasileiro também decepcionou e teve em junho a sexta queda seguida, segundo medição feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,9% em junho sobre o final de maio. No mês anterior, a queda havia sido de 5,1%.

    As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras tinham, às 11h32, queda de 0,11% (a R$ 17,18 cada), após reunião da presidente da petroleira com analistas. No mesmo sentido, os papéis preferenciais da Vale cediam 0,64% (a R$ 26,04 cada), depois de terem invertido a tendência positiva vista na abertura dos negócios, acompanhando a queda nos preços do minério de ferro no mercado chinês.

    CÂMBIO

    No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,11% sobre o real, às 11h33, cotado em R$ 2,203 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,41%, a R$ 2,204.

    O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4 mil contratos de swap (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 198,7 milhões.

    A autoridade não anunciou leilão de swaps cambiais para rolagem de mais contratos que vencem em 1º de julho. O lote de swaps com prazo para o primeiro dia do mês que vem corresponde a US$ 10,060 bilhões. Em leilões diários que ocorreram desde o início do mês, o BC estendeu os prazos de pouco mais de 85% desse total.

    Com isso, a autoridade manteve o ritmo que vem adotando desde abril de rolagens parciais dos contratos de swap com vencimento no mês seguinte. A autoridade monetária rolou integralmente todos os lotes que venceram entre setembro e março, à exceção do lote de novembro.

    Segundo operadores, além da ausência de leilão adicional do BC, também pesa sobre o câmbio hoje a disputa dos investidores para a formação da Ptax –taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais e é divulgada no início da tarde do último dia útil de cada mês.

    Com Reuters

    Folhainvest

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