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    Na Copa, estar visível é mais relevante que vencer, diz presidente da Adidas

    SAMANTHA LIMA
    DO RIO

    04/07/2014 02h00

    Rivais no futebol, Argentina e Brasil dividem a atenção do alemão Herbert Hainer, presidente global da Adidas, na América Latina. Se aqui ele contempla um mercado em expansão, no vizinho empolga-se com a chance de a seleção local, patrocinada pela marca, vencer a Copa.

    Principal parceira esportiva da Fifa e fornecedora da bola oficial, a Brazuca, a Adidas enfrenta queda nas vendas desde 2013, o que tornou Hainer alvo de críticas.

    Em entrevista à Folha, o executivo diz que a empresa deu retornos altos nos últimos anos.

    Fabio Teixeira/Folhapress
    Herbert Hainer, presidente Global da Adidas
    Herbert Hainer, presidente Global da Adidas

    *

    Folha - Adidas e Nike, as duas maiores patrocinadoras das seleções da Copa, têm uma histórica rivalidade. O resultado da Copa muda o jogo?
    Herbert Hainer - Patrocinamos a Fifa, nove seleções e atletas, entre eles a superestrela [Lionel] Messi [da Argentina]. Somos a marca número um do futebol.

    Quais os planos para Brasil até os Jogos Olímpicos?
    Não posso revelar números do Brasil, mas, na América Latina, nossos negócios cresceram quase dez vezes, de US$ 179 milhões em vendas para US$ 1,5 bilhão por ano (R$ 3,34 bilhões). O Brasil é chave e estamos investindo pesado aqui. Abrimos um Centro de Criação em São Paulo, primeiro da América Latina. Fechamos com o Flamengo. Temos Fluminense, Palmeiras e atletas na seleção, como Daniel Alves, Oscar, Hernanes. Acreditamos no país, apesar de o crescimento não estar tão forte.

    Haverá mais investimentos?
    O dinheiro que saiu das nossas mãos ativa investimentos futuros.

    Empresas estrangeiras criticam o ambiente de negócios.
    Há barreiras. Tarifas de importação não estão a nosso favor. Há problemas de infraestrutura. Mas o potencial é enorme. O país desacelerou mas, após as eleições, o governo cuidará da economia.

    Há sete anos, a Adidas tentou levar o contrato com a CBF. Sonha com isso?
    Sou apaixonado por futebol e aprecio o futebol brasileiro. Obviamente amaríamos ter a seleção brasileira. Mas o Brasil tem um contrato de longo prazo [com a Nike] que é competitivo, e precisamos conviver com isso.

    As vendas da Adidas caem desde 2013, enquanto as da Nike sobem. Uma vitória da Nike na Copa piora as coisas?
    Somos a marca vencedora da Copa. Isso não depende dos jogos. Somos a marca mais visível.

    O Brasil deixou de ser a estrela das multinacionais?
    Não. O Brasil enfrenta problemas naturais de quando se cresce bem em um período. As pessoas querem salário maior, benefícios sociais. O país foi complacente consigo e agora precisa correr, mas tem tudo para crescer: muita gente, mercado, commodities, e é competitivo.

    Quem vai levar a Copa?
    Alemanha é um bom time. Brasil, como sede, e a Argentina, com Messi, têm chances.

    Torce pela Argentina em uma final contra o Brasil?
    Claro que sim! Vou torcer pela Argentina porque é um time da Adidas.

    ADIDAS /2013
    FATURAMENTO € 14,5 bilhões
    EBITDA ­€ 1,5 bilhão
    NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS 51 mil
    PRINCIPAIS CONCORRENTES Nike e Puma

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