A imagem de Neymar com a sunga da marca Blue Man, que gerou polêmica e levou a Fifa a notificar a empresa por marketing de emboscada nesta semana, turbinou a demanda pelo produto.

Vendedores da Blue Man já adotaram informalmente o nome "sunga do Neymar" para pedir o item aos colegas do estoque, que começa a ficar apertado em algumas lojas da rede, segundo eles.

As marcas que não são patrocinadoras de Fifa, Copa ou CBF não podem aparecer em um raio de 2 km do estádio, segundo o advogado Pedro Fida, do Bichara & Motta.

"Colocar um balão da marca sobre o estádio ou apresentá-la em evento com fins comerciais pode configurar emboscada." A fabricante diz que Neymar usou a peça espontaneamente.

	Moacyr Lopes Junior/Folhapress
	Neymar no final da partida entre Brasil e Camarões

Para publicitários, polêmica nem sempre é negativo e patrocínios não oficiais podem ser até mais eficientes.

Estudo da Nielsen feito em 2013 mostra que, das 10 marcas mais lembradas pelos consumidores como se fossem patrocinadoras oficiais da Copa de 2014, só três de fato eram.

"É preciso ativar bem a marca e criar engajamento com o consumidor, como a hidratação personalizada dos jogadores por Gatorade", afirma Marcio Oliveira, presidente da Lew'Lara/TBWA.

Há um bom espaço para as não patrocinadoras atuarem legalmente, segundo Laura Kroeff, do site Apita Brasil, de monitoramento de redes sociais. "As Casas Bahia estão entre as mais citadas, por causa da promoção das TVs."