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    Indústria automobilística argentina cai e afeta exportações, dizem analistas

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    04/07/2014 20h02

    As vendas de automotores devem sofrer uma queda de 28% na Argentina em comparação com o ano recorde de 2013, alertam analistas, explicando que o recuo acontece como resultado de uma contração na demanda externa e interna.

    A produção de veículos também registra uma curva decrescente, apesar de uma queda de somente 0,1% em relação a maio, segundo cifras da Adefa (Associação de Fabricantes de Automotores). A instituição apontou também que o recuo deve ser freado em junho.

    Neste semestre, a produção acumula uma queda de 21,8%, afirmou a mesma fonte.

    "Se a tendência for mantida, a produção chegará a 685.000 unidades no final do ano, longe das 950.000 do ano passado", disse à agência de notícias AFP Gonzalo Dalmasso, analista da consultoria Abeceb.com.

    Vanessa Adachi/Divulgação
    Linha de produção de carros da fábrica Fiat na Argentina; país vizinho tenta boicotar negociações com a UE
    Linha de produção de carros da fábrica Fiat na Argentina; país vizinho tenta boicotar negociações com a UE

    Confirmada a projeção, a atividade voltará aos níveis de vendas de 2010, mas, acredita Dalmasso, a indústria pode se recuperar em 2016, chegando a 800.000 unidades vendidas.

    Em 2002, a produção anual era de 160.000 veículos, com apenas metade das vendas para o mercado interno.

    "No ano passado, houve uma bolha. As pessoas perceberam uma redução nos preços. Muitas optaram por comprar carros, já que não podiam comprar dólares por causa da política cambial", explicou Dalmasso.

    Neste ano, contudo, o impacto negativo também se deve ao mercado externo, com a contração da demanda do Brasil. O vizinho concentra 90% das exportações argentinas de veículos.

    As exportações no primeiro semestre caíram 23,3% em relação ao mesmo período do ano passado, embora tenham crescido 14,2% em junho, em comparação a maio, segundo a Adefa.

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