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    Copa afeta lucro de helicópteros e jatinhos; movimento cai até 60%

    MARIANA BARBOSA
    DE SÃO PAULO

    11/07/2014 02h00

    Penalidades adotadas pelo governo para evitar o caos aéreo na Copa, desde multas até suspensão de habilitação, afetaram operadores de jatinhos, teco-tecos e helicópteros, que preveem prejuízos milionários com o movimento menor.

    Entidades que representam empresas de táxi aéreo e operadores de aeronaves privadas atribuem às penalidades a responsabilidade pela queda no movimento em até 60% em relação a 2013.

    Só os operadores de helicóptero de São Paulo, cidade com a maior frota dessa aeronave no mundo, estimam perda de R$ 2 milhões em cada um dos seis dias de jogo no Itaquerão. Nos jogos em São Paulo, o espaço aéreo foi fechado por oito horas (três antes e cinco após o início da partida) em um raio de 18,5 km a partir do estádio.

    "É certo privilegiar o transporte coletivo sempre e, principalmente, no momento de gargalo. Mas as medidas foram muito além do necessário. Muita gente decidiu simplesmente não voar para não correr o o risco de levar multa", diz o consultor André Castellini, sócio da Bain & Co.

    O advogado Georges de Moura Ferreira, especialista em direito aeronáutico, diz que pretende entrar com ação de responsabilização da união por perdas provocadas pelas restrições operacionais impostas durante o Mundial. "Tenho oito clientes querendo discutir na Justiça. O Estado tem obrigação de
    indenizar por danos patrimoniais causados pelas restrições."

    "É muito duro você ver o dinheiro passando na frente e não poder faturar. Pior, com as restrições em dia de jogo, meu faturamento neste mês vai ficar no vermelho", diz Sergio Giraldi, diretor da CAF Táxi Aéreo, que chegou a planejar a construção de um heliponto no estacionamento do shopping Itaquera.

    MELHOR EM CASA

    Quem não vai voar para ver jogo está achando melhor ficar em casa.

    "Nesta Copa, ser dono de meio de transporte aéreo não necessariamente lhe garante independência", diz Rogério Andrade, presidente da Avantto, empresa que faz a gestão de 54 aeronaves cuja propriedade é compartilhada por mais de uma pessoa.

    Ele diz que um cliente conseguiu ingresso de última hora para jogo do Brasil contra o Chile em Brasília, mas que não foi pois não conseguiu vaga para pousar nem passagem na aviação comercial.

    Apesar da fama de alto luxo, a aviação geral é importante para os investimentos e também para conectar o interior do país, atingindo 3.400 cidades, ante 120 da aviação comercial regular.

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