A Microsoft anunciou nesta quinta-feira (17) uma reestruturação que envolve o corte de cerca de 18 mil postos de trabalho, ou 14% do total de funcionários, até o próximo ano, segundo comunicado da companhia em seu site assinado por Satya Nadella, presidente-executivo da empresa.
Segundo o comunicado, o objetivo é realinhar a força de trabalho da empresa. Do total de empregos cortados, cerca de 12,5 mil postos de trabalho seriam fruto de sinergias" e "alinhamento estratégico" na integração da unidade de aparelhos móveis Nokia.
O primeiro corte afetará 13 mil profissionais. Segundo a Microsoft, a grande maioria desses funcionários será notificada nos próximos seis meses. A empresa não detalhou exatamente onde os postos restantes serão cortados, mas disse que a primeira onda de demissões afetará 1.351 empregos na área de Seattle, Estados Unidos.
Apesar das demissões, Nadella afirma que outras áreas consideradas estratégicas pela companhia estão contratando.
"Minha promessa a vocês é que nós passaremos por esse processo da forma mais gentil e transparente possível", diz no comunicado.
"Pretendemos ter menos camadas de administração, tanto de cima para baixo quanto para os lados, para acelerar o fluxo de informações e a tomada de decisão", acrescentou.
| Josh Edelson/AFP | ||
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| Satya Nadella, presidente-executivo da Microsoft, apresenta a versão do Office para iPad |
MAIS ENXUTO
O maior corte de empregos nos 39 anos de história da empresa ocorre cinco meses após a chegada de Nadella, que já havia delineado planos para um negócio mais enxuto em um memorando aos funcionários na semana passada.
A unidade Nokia foi adquirida pela Microsoft em abril por US$ 7,2 bilhões, elevando o quadro de funcionários da Microsoft em um quarto, para 127 mil pessoas.
Quando fechou o negócio, a Microsoft afirmou que iria cortar US$ 600 milhões por ano em custos em 18 meses após o fechamento da aquisição.
A Microsoft também deve fazer cortes na unidade de jogos e entretenimento Xbox.
O movimento do novo CEO será feito para ajudar a Microsoft na mudança de uma empresa focada principalmente em software para uma que vende serviços online, aplicativos e dispositivos para tornar as pessoas e as empresas mais produtivas. Nadella precisa fazer da Microsoft uma concorrente mais forte para o Google e a Apple, que têm dominado a nova era da computação centrada em mobilidade.
Com Reuters