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    No aguardo de pesquisa eleitoral, Bolsa fecha em alta

    DE SÃO PAULO

    22/07/2014 18h43

    A Bolsa brasileira encerrou as atividades nesta terça-feira (22) em alta, na expectativa da pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope sobre a eleição presidencial que será divulgada nesta noite.

    O Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 0,61%, aos 57.983 pontos, com um giro financeiro de R$ 6,662 bilhões.

    A divulgação das pesquisas eleitorais vem dando ânimo ao mercado, segundo Roberto Indech, analista da Rico Corretora. A pesquisa do Instituto Sensus divulgada no último fim de semana foi um dos principais fatores a elevar os preços de ações de estatais, pois mostrou a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) tecnicamente empatados em um eventual segundo turno.

    As pesquisas têm influenciado os mercados acionários, especialmente sobre os preços de papéis de estatais. Quando a presidente Dilma tem desempenho pior num levantamento, essas ações sobem; quando Dilma vai bem na pesquisa, elas em geral caem.

    Segundo analistas, agrada o mercado a possibilidade de mudança de gestão nas estatais, pois investidores consideram que a atual administração tem tomado medidas intervencionistas. As ações de estatais costumam ser mais influenciadas pela divulgação de pesquisas eleitorais. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados, tiveram alta de 0,71%, a R$ 21,05, enquanto as ações ordinárias da empresa, com direito a voto, registraram 0,05% de alta, a R$ 19,48.

    O desempenho das ações da BR Malls chamou a atenção e liderou as altas na Bolsa, com valorização de 7,46%, para R$ 2,44. Já a BR Properties subiu para R$ 15,37, em alta de 6,43%. Segundo o analista da Rico, o setor de shoppings centers foi influenciado pela queda da curva de juros futuros, o que pode indicar uma perspectiva de corte nos juros, e pelas prévias internacionais do setor.

    Além disso, o bom resultado registrado pelas empresas de varejo também foi influenciado pela curva de juros futuros e pela prévia da inflação, divulgada nesta terça, de acordo com Indech. Os papéis das Lojas Americanas subiram 4,25%, a R$ 14,95.

    O IPCA-15 mostrou uma desaceleração na escalada dos preços, com alta de apenas 0,17% em julho, ditada sobretudo pelo comportamento dos alimentos e veio em linha, ou até melhor, do que o mercado esperava, segundo Indech. Houve também uma trégua na aversão de risco nos EUA e Europa acerca das questões geopolíticas na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

    Entre as baixas do dia, a MMX liderou, com queda de 5,51%, fechando e, R$ 1,37, já que, de acordo com Indech, ela colocou à venda seus principais ativos. Distribuidoras de aço e siderúrgicas também passaram o dia com grande variação, por registrarem uma maior cautela quanto ao resultado das pesquisas eleitorais.

    ELÉTRICAS

    O setor elétrico apresentou bons resultados nesta terça-feira, após o anúncio de que o governo federal vai negociar para haver mais verba para as distribuidoras. O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, confirmou a operação do governo, coordenada com bancos e o BNDES, para injetar mais R$ 6,5 bilhões no setor elétrico.

    A medida será feita por meio de um financiamento bancário da ordem de R$ 3,5 bilhões, além de um empréstimo via BNDES.

    As ações da Eletropaulo subiram 3,62%, a R$ 11,44, acompanhadas por Light (+2,56%, a R$ 22,75), EDP (+2,30%, a R$ 11,53), Cemig (+2,04%, a R$ 19,92) e Copel (+1,68% a R$ 38,59). A exceção do setor ficou a cargo da Eletrobras, cuja ação ordinária caiu 1,58%, para R$ 6,84.

    DÓLAR

    No mercado de câmbio, o dólar comercial, usado para transações de comércio exterior, fechou em R$ 2,212, com queda de 0,53% nesta terça-feira (22). Já o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, recuou 0,45%, para R$ 2,211.

    Além disso, o Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 4.000 swaps cambiais (operação que equivale a uma venda futura de dólares), sendo 3.000 com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, por um total de US$ 149,2 milhões e 1.000 para contratos que vencem em 1º de junho de 2015, por US$ 49,5 milhões.

    Folhainvest

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