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    Economistas divergem sobre cenário de inflação alta e crescimento baixo

    TATIANA FREITAS
    CLAUDIA ROLLI
    DE SÃO PAULO

    23/07/2014 02h01

    Analistas de bancos e das principais consultorias divergem sobre o país enfrentar um cenário de estagflação: combinação de inflação alta e crescimento baixo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Com a inflação acima do teto da meta do governo (6,5%) e PIB crescendo 0,5% no ano, estamos tecnicamente vivendo essa conjuntura de estagflação", diz o economista Fábio Silveira, diretor da consultoria GO Associados.

    A economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, concorda. "Essa situação [de estagflação] é fruto de uma política econômica equivocada." O governo errou, diz, ao reduzir os juros para 7,25% ao ano no passado e ao manter seus gastos elevados. "Tudo para estimular a atividade econômica, mas isso não aconteceu."

    André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, discorda: o país não está nessa situação porque ainda não foi registrado PIB negativo, apesar da queda na produção e nos investimentos. "O debate da estagflação está contaminado pela disputa eleitoral", diz.

    Em entrevista à Folha, o tucano Aécio Neves, trouxe o tema à tona ao afirmar que "o Brasil vive um processo de estagflação, de crescimento pífio, com inflação ultrapassando o teto da meta".

    Caio Megale, economista do Itaú Unibanco, diz que a alta de juros nos últimos meses ainda não teve efeito completo para reduzir a inflação. "Isso deve ocorrer. Por essa razão, é cedo ainda para falar em estagflação."

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