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    Para ministro argentino, situação do país não seria de calote

    FELIPE GUTIERREZ
    DE BUENOS AIRES

    23/07/2014 10h45

    O chefe de gabinete da Casa Rosada, Jorge Capitanich, deu uma conferência de imprensa para dizer que, caso os credores da dívida reestruturada não recebam, não será um calote, pois o país depositou o dinheiro.

    "Não pode existir um calote por parte de um credor ou por parte de um juiz. O devedor é que tem a responsabilidade de pagar, e a Argentina paga e cumpre. Não há dúvida de que a Argentina cumpriu suas obrigações e não há dúvida de que não se trata de calote técnico", afirmou.

    Depois de um calote na dívida em 2001, a Argentina procurou seus credores, que estavam todos sem receber. Ela propôs pagar cerca de 30% do que devia a eles. A grande maioria, que detém 92% dos títulos, aceitou e vem recebendo seus pagamentos. Mas o restante, não.

    Alguns desses credores entraram na Justiça e, no mês passado, venceram a ação. Pela sentença, a Argentina precisa pagar todos os seus credores -ela não pode honrar somente a dívida que foi reestruturada.

    Mesmo assim, o país depositou uma parcela do pagamento da dívida reestruturada. No entanto, o juiz proibiu os bancos de pagar. Caso esses credores não recebam até o dia 30 de julho, o país, tecnicamente, entra em calote.

    Capitanich ainda afirmou que "independentemente da extorsão de grupos minoritários de credores, independente da manipulação permanente que se pretende fazer, a Argentina segue andando, porque há estímulos para a atividade econômica".

    No entanto, o último dado oficial da economia do país, publicado no mês passado, aponta que no primeiro trimestre do ano a economia retraiu-se 0,8% em relação ao trimestre anterior.

    Editoria de Mercado/Folhapress

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