• Mercado

    Friday, 03-May-2024 11:37:53 -03

    Campanha anticontrabando associa cigarro pirata a 'pernas de barata'

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    23/07/2014 18h00

    Lançada nesta quarta-feira (23), uma campanha-piloto para combater o contrabando e a falsificação quer chamar a atenção dos consumidores para os riscos desses produtos à saúde e à segurança.

    Em uma abordagem ousada, a campanha, batizada de "Promoção Achou, Perdeu", associa cigarros contrabandeados a "pernas de barata" e "pedacinhos de rato morto", e afirma que brinquedos sem certificação contêm "tinta tóxica que pode sufocar e contaminar seus filhos" e que softwares piratas são "carregados de vírus".

    A iniciativa é da ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação), em parceria com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial. A instituição, formada por cerca de cem empresas, investiu R$ 300 mil na campanha.

    "É a primeira vez que a gente fala direto com o consumidor", diz o diretor de comunicação da ABCF, Rodolpho Ramazzini.

    Divulgação
    Um dos anúncios da campanha "Promoção Achou, Perdeu".
    Um dos anúncios da campanha "Promoção Achou, Perdeu".

    As peças serão veiculadas em TVs, rádios e outdoors em Curitiba e região metropolitana, como um projeto-piloto, e podem ser estendidas a outras regiões a partir de novembro.

    A cidade foi escolhida especialmente porque o Paraná, que faz fronteira com o Paraguai, é hoje uma das principais rotas de produtos contrabandeados e falsificados no país.

    Só no ano passado, R$ 1,6 bilhão em mercadorias foi apreendido na fronteira com o Paraguai. O Paraná também é líder de mercado em cigarros contrabandeados: 53,8% dos cigarros vendidos no Estado são piratas. Em São Paulo, este índice é de 34% (a pesquisa é do Ibope Inteligência).

    "Não adianta fazermos todas as ações de combate com as autoridades se continuar havendo a demanda", comenta Ramazzini. "Queremos falar diretamente com o consumidor, para que ele pense duas vezes antes de adquirir um produto falsificado."

    A campanha tem foco em cigarros, brinquedos e softwares, por serem os produtos contrabandeados de maior apelo entre o público.

    O preço, hoje, é o principal chamariz para as vendas -por não pagarem impostos, produtos contrabandeados são bem mais baratos.

    "Você está poupando um dinheirinho hoje, mas e o prejuízo que vai ter amanhã?", afirma Ramazzini. "O produto falsificado ou contrabandeado não é simplesmente mais barato. Ele pode causar prejuízo para a saúde e a segurança do consumidor."

    Veja abaixo os vídeos da campanha.

    *

    Contra brinquedos contrabandeados

    Veja vídeo

    *

    Contra cigarros contrabandeados

    Veja vídeo

    *

    Contra softwares contrabandeados

    Veja vídeo

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024