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    Justiça determina bloqueio de bens de donos da Telexfree

    MACHADO DA COSTA
    DE SÃO PAULO

    24/07/2014 15h47

    A Justiça Federal do Espírito Santo determinou nesta quarta-feira (24) o bloqueio dos bens dos sócios da Telexfree, o brasileiro Carlos Wanzeler e o americano James Merrill. O judiciário também determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de ambos.

    A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira três operações de busca e apreensão na casa de Wanzeler, na do contador, que não teve o nome divulgado, e na sede da empresa no Espírito Santo.

    Os mandatos foram obtidos pelo Ministério Público Federal do Estado na noite de quarta-feira e foram expedidos pela Justiça Federal do Estado.

    O advogado da Telexfree Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lamentou a emissão dos mandatos, que haviam sido negados pela justiça estadual do Espírito Santo, segundo ele.

    "São muitas investigações, em esferas diferentes, e que não se conversam. De qualquer forma, essa operação fere a imagem da companhia, mas não nos preocupa", diz.

    "Queremos que a investigação ande o mais rápido possível para que a empresa possa voltar a funcionar um dia."

    As operações da Telexfree foram bloqueadas em 2013, por tempo indeterminado, a pedido do Ministério Público do Acre.

    A empresa, que vendia serviços de telefonia pela internet (VoIP) é acusada de crime contra a economia popular por se basear em um esquema de pirâmide financeira.

    Reprodução
    Reprodução do site da TelexFree, quando ele estava ainda no ar; empresa se apresentava como fornecedora de serviços de voz
    Reprodução do site da TelexFree, quando ele estava ainda no ar

    NOS ESTADOS UNIDOS

    Corre também uma investigação paralela no estado americano de Massachusetts, onde está a sede da companhia.

    Segundo o jornal "Boston Globe", nesta quarta-feira, um júri federal protocolou nove acusações de fraude eletrônica e conspiração contra Wanzeler e Merrill.

    A denúncia identifica US$ 140 milhões em ações, 30 propriedades de luxo em Massachusetts e Flórida, além de barcos e carros de luxo que poderiam ser convertidos para o pagamento das vítimas da TelexFree.

    Em 30 de maio, a Corte de Falência do estado de Massachusetts expediu decisão favorável ao pedido de recuperação judicial feito pela Telexfree.

    À época, a defesa entendeu que, ao ser aceito o pedido de recuperação judicial, a corte americana pode ter entendido que a atuação da companhia é lícita.

    Merril está sob liberdade condicional, sem poder deixar sua residência, localizada em Massachusetts.

    Também no estado americano está Kátia Wanzeler, mulher do sócio Carlos Wanzeler, e está proibida de deixar o estado.

    No Brasil, Wanzeler também é monitorado e não pode deixar o país.

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