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    Argentina diz que batalha sobre dívida pode ser resolvida se houver boa fé

    DA REUTERS

    25/07/2014 13h10

    A Argentina destacou nesta sexta-feira (25) que é impossível cumprir a decisão do tribunal dos Estados Unidos determinando o pagamento total a investidores que processam o país, mas defendeu que ainda é possível chegar a um acordo que permita ao país honrar a dívida.

    A Argentina está à beira de seu segundo calote em 12 anos, a menos que chegue antes de 30 de julho a acordo com os credores que não aceitaram a reestruturação da dívida do país.

    O juiz norte-americano Thomas Griesa determinou na terça-feira que autoridades argentinas se reúnam continuamente com os credores, que o governo chama de "abutres".

    "Com a boa fé dos fundos abutres e uma atitude racional de Griesa, esse litígio pode ser resolvido", disse o chefe de gabinete argentino, Jorge Capitanich, a jornalistas.

    Os fundos compraram títulos argentinos na baixa após o calote do país em 2001 e rejeitaram os termos de acordos de reestruturação, aceitos por 92,4% dos credores.

    Griesa determinou em 2012 que a Argentina pague aos credores US$ 1,33 bilhão mais juros, determinação que o país diz que não pode cumprir.

    Autoridades argentinas e os credores da dívida não reestruturada devem se reunir com um mediador designado pelo tribunal, Daniel Pollack, em Nova York nesta sexta-feira.

    Nesta manhã, o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, afirmou na abertura do Conselho de Administração do Banco del Sur que a determinação do juiz "é impossível de cumprir".

    CREDORES

    Nesta quinta-feira, Capitanisch negou que a Argentina tenha negociado diretamente com os credores.

    Em reunião nesta quinta-feira, em Nova York, a Argentina negou ter negociado com os credores nos bastidores..

    Capitanich afirmou a jornalistas que não há nenhuma negociação fora do quadro jurídico, pois isso não condiz com o princípio de boa-fé.

    Na quarta-feira, o chefe do gabinete argentino já havia afirmado que não considera o não pagamento como um calote técnico, pois o valor destinado aos credores foi depositado pelo país.

    Editoria de Mercado/Folhapress

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