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    Fundos que aplicam em títulos públicos ou privados têm volatilidade

    DE SÃO PAULO

    28/07/2014 02h00

    Apesar de o nome renda fixa passar a ideia de tranquilidade, os fundos que aplicam em títulos públicos ou privados têm uma pitada de volatilidade.

    Isso ocorre porque os papéis públicos nos quais eles investem passam pela marcação a mercado, mecanismo que atualiza, diariamente, o valor do título pela diferença entre a taxa de juro atual e a de emissão do papel.

    Essa ação, obrigatória, afetou a rentabilidade dos fundos de renda fixa a partir de julho de 2011, quando o Banco Central começou a reduzir a taxa básica de juros, a Selic –usada como referência na hora de precificar os juros pagos pelos títulos públicos.

    Considere o exemplo de uma LTN (Letra do Tesouro Nacional) –título prefixado– que pagava juros de 12% ao ano em 2011 e que foi mantida pelo investidor até o seu vencimento. Entre 2011 e 2013, a Selic caiu para 7,25% ao ano e, consequentemente, o valor desse título, também.

    Daniel Marenco/Folhapress
    Bruno Horovitz, da Icatu Vanguarda, líder em renda fixa
    Bruno Horovitz, da Icatu Vanguarda, líder em renda fixa

    No cenário acima, o título que pagava 12% ao ano tem ganho de capital, pois o juro oferecido pelo papel é maior do que os novos papéis emitidos.

    "Quando há a queda [da Selic], o título passa a ter um valor de face maior", explica Bruno Horovitz, da Icatu Vanguarda.

    Quando a situação se inverteu e a Selic voltou a subir –atualmente está em 11% ao ano–, os títulos que tinham juros menores tiveram perdas pela marcação a mercado, pois, para vendê-los, o investidor ou gestor do fundo precisou oferecer um desconto no valor de face do papel.

    Isso afetou a rentabilidade dos fundos que tinham esses papéis em sua carteira. Por isso alguns fundos que têm o melhor desempenho no primeiro semestre, como o líder, da Icatu, têm retorno baixo em 12 meses –de 3,2%, nesse caso.

    Folhainvest

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