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    Especulação contra Argentina atinge sistema financeiro, afirma Dilma

    FABIANO MAISONNAVE
    ENVIADO ESPECIAL A CARACAS

    29/07/2014 17h13 - Atualizado às 18h12

    Reunidos em Caracas, os presidentes do Mercosul, entre as quais Dilma Rousseff, fizeram discursos de apoio à Argentina na disputa contra fundos que não aderiram à reestruturação da dívida entre 2005 e 2010. Nesta quarta (30), o país pode novamente suspender pagamentos caso não haja acordo com esses credores.

    Depois de um calote em 2001, a Argentina procurou seus credores e propôs a eles pagar cerca de 30% do que deviam. A maioria aceitou a proposta, mas alguns deles a recusaram e processaram o país. A Justiça determinou que, caso a Argentina não pague todos seus credores até o dia 30 de julho, o país entrará em novo calote.

    "O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça não só a um país irmão, atinge a todo o sistema financeiro internacional", disse Dilma. "Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros."

    "Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, permita previsibilidade e, portanto, Justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas", disse a presidente.

    Dilma afirmou que a "solidariedade do Brasil não é retórica", ao lembrar que atuou como "amicus curiae" (amigo da Corte) na ação movida por credores contra a Argentina na Suprema Corte.

    Em seu discurso, a presidente argentina, Cristina Kirchner, agradeceu o apoio dos colegas do Mercosul e afirmou que o país continuará pagando os vencimentos dos credores que aceitaram a reestruturação da dívida negociada em 2005 e 2010.

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