A Cielo viu o lucro líquido do segundo trimestre crescer apoiado em forte resultado operacional, praticamente em linha com a previsão de analistas, mas acusando maiores despesas operacionais.
A maior empresa de meios eletrônicos de pagamento do Brasil informou nesta terça-feira (29) que teve lucro líquido de R$ 796,8 milhões entre abril e junho, alta de 25,9% ante mesma etapa de 2013.
A média de previsões de sete analistas ouvidos pela Reuters apontava para lucro de R$ 807 milhões.
Em relatório, a Cielo informou que sua receita operacional líquida de R$ 1,84 bilhão –aumento ano a ano de 13,6%– refletiu a expansão dos negócios e o impacto da alta anual do dólar sobre a receita gerada nos Estados Unidos, sede de sua filial Merchant e-Solutions.
O volume de transações com cartões de crédito feitas por meio dos equipamentos da Cielo somou R$ 76 bilhões no período, alta anual de 13%. Em cartões de débito o volume foi de R$ 49,4 bilhões, 26,4% maiores.
Além disso, a receita com antecipação de recebíveis chegou a R$ 218,1 milhões, aumento de 52,4%.
O aumento das receitas veio acompanhado da expansão de 9% da base instalada dos "POS", as máquinas nas lojas que processam os pagamentos com cartões.
Por outro lado, o custo dos serviços prestados aumentou 15,3% também na comparação anual, a R$ 703,8 milhões. Além disso, as despesas operacionais cresceram 21,1%, para R$ 285,2 milhões, afetadas por maiores gastos com contratação de funcionários.
Com isso, a margem Ebitda de 51,9% no período mostrou uma queda de 2 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre de 2013, ficando abaixo dos 53,4% esperados por analistas, em média.
O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 955,5 milhões entre abril e junho, avanço de 9,3% na comparação anual. A previsão de analistas era de R$ 991 milhões para o Ebitda.
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Cielo/2014
Faturamento R$ 796,8 milhões
Lucro líquido R$ 88,8 milhões
Dívida de longo prazo R$ 2 bilhões
Principais concorrentes Redecard, Elavon