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    Bolsa tem leve alta, guiada por PIB dos EUA e ações da Petrobras

    DE SÃO PAULO

    30/07/2014 11h30

    O principal índice da Bolsa brasileira opera em leve alta nesta quarta-feira (30), com os investidores digerindo o crescimento acima do esperado da economia americana no segundo trimestre. O Ibovespa também é influenciado pela valorização das ações da Petrobras em dia de divulgação de nova pesquisa eleitoral.

    Às 11h25 (de Brasília), a valorização do Ibovespa era de 0,07%, para 57.160 pontos. O volume financeiro era de R$ 1,063 bilhão. O índice chegou a subir 0,56% mais cedo, após a notícia de que o crescimento da economia dos Estados Unidos acelerou 4% no segundo trimestre, acima do esperado por analistas, depois de a atividade ter encolhido 2,1% no primeiro trimestre –segundo número revisado.

    O número deixou em segundo plano a performance do mercado de trabalho no setor privado dos EUA em julho. Embora tenham sido criados 218 mil novos postos de trabalho no período em questão, acima da expectativa de 215 mil, o dado ficou abaixo das 281 mil vagas registradas no mês anterior.

    Segundo analistas, os investidores devem manter cautela até o desfecho da reunião do Fomc (comitê de política monetária do banco central dos EUA), nesta tarde, e enquanto esperam pelo relatório oficial de emprego americano, na sexta-feira.

    A expectativa para a reunião do Fomc de hoje é que a autoridade avance com seu plano de reduzir as compras mensais de títulos para estimular a economia. Espera-se que o incentivo seja novamente cortado em US$ 10 bilhões, para US$ 25 bilhões mensais. Assim, o programa será encerrado até o final do ano.

    Os olhares também estarão atentos a uma possível sinalização sobre o rumo da taxa de juros naquele país, atualmente em seu menor nível histórico, perto de zero. A presidente do Fed, Janet Yellen, tem constantemente defendido que uma elevação da taxa só deve acontecer em 2015.

    No Brasil, a expectativa para a pesquisa eleitoral do Ibope segue no radar do mercado. Segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o levantamento, que foi encomendado pela TV Globo, está previsto para ser divulgado nesta quarta-feira.

    Com isso, as ações da Petrobras, que fecharam ontem no vermelho, tinham alta nesta manhã. Os papéis preferenciais da estatal, sem direito a voto, chegaram a subir quase 2% mais cedo, mas perderam força e, às 11h25, avançavam 0,40%, para R$ 19,70 cada um.

    CÂMBIO

    No câmbio, o dia era de pressão sobre o dólar, com o mercado atento ao encontro do Fomc. O receio é o de que uma elevação nos juros americanos possa ser antecipada diante do desempenho positivo da economia dos EUA, o que deixaria os títulos do governo daquele país –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em emergentes.

    Com a possível fuga de investimentos estrangeiros dos emergentes, a cotação do dólar em relação às moedas desses países tende a subir, refletindo a queda da oferta.

    Às 11h25, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,75% sobre o real, cotado em R$ 2,245 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,67%, para R$ 2,246.

    O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 4.000 contratos de swap (que equivale à uma venda futura de dólar), por US$ 198,8 milhões.

    A autoridade também promoverá, até o final da manhã, um novo leilão para rolar até 7.000 contratos de swap que vencem em 1º de agosto. Até o momento, o BC já rolou cerca de 65% dos contratos com prazo para o primeiro dia do mês que vem. Amanhã, o Banco Central fará um leilão de linha de até US$ 2,5 bilhões.

    Folhainvest

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