Empresas fabricantes de tablets e smartphones estão desenvolvendo aplicativos voltados para a classe C como estratégia de venda desses dispositivos.

As ferramentas oferecem serviços nas áreas consideradas de maior interesse para esse público: cursos de idiomas e de preparação para concursos, finanças da família, entretenimento e cuidados femininos.

Em uma pesquisa feita em 2013 pela Informa Telecoms & Media, a pedido da fabricante de chips para celulares Qualcomm, 76% dos entrevistados dessa classe apontaram que aplicativos já instalados e prontos para uso são um diferencial na hora da compra do aparelho.

A iniciativa passou a se desenvolver com maior força por causa da chamada Lei do Bem, que concede isenção fiscal a empresas que fabricam aparelhos eletrônicos que custam até R$ 1.500. A contrapartida é que essas companhias incluam aplicativos gratuitos nos seus celulares e tablets.

A fabricante Phaser vai lançar os cinco primeiros apps voltados para esse público em setembro. Há outros 15 em desenvolvimento.

Espécie de demonstrativo financeiro, o Bolso Cheio, por exemplo, apresenta a situação das finanças familiares. O usuário inclui no sistema suas receitas e despesas, inclusive as faturas de cartão de crédito da família toda, e a ferramenta mostra como o grupo gastou o dinheiro.

A maior aposta da marca, porém, é paga. O Phaser English Course é compatível com o sistema Android e permite que o usuário o baixe e depois assista às aulas. Cada um dos quatro módulos, com 20 aulas cada, tem custo de R$ 19,99 por mês.

Segundo Jacques Storch, diretor da Phaser, a expectativa é de que os apps gerem um aumento de 20% no faturamento da marca neste ano.

"Queremos nos tornar mais competitivos frente aos produtos de empresas estrangeiras. Nossos softwares mostram que conhecemos mais as necessidades do cliente brasileiro", diz.

A Positivo Informática tem incluído aplicativos próprios em seus modelos de smartphones tablets -um deles sugere outros apps grátis com base no perfil do usuário.