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    Banco Espírito Santo receberá 4,9 bilhões de euros

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/08/2014 17h53

    Numa operação costurada no fim de semana para salvar o maior banco de Portugal, o Banco Espírito Santo vai receber uma injeção de 4,9 bilhões de euros e será dividido em duas partes: uma "boa", que ficará com os ativos saudáveis, e a outra "ruim", na qual serão colocados seus ativos "tóxicos".

    O resgate do Banco Espírito Santo, que foi divulgado depois de um fim de semana de intensas discussões entre as autoridades portuguesas e da União Europeia, vem depois de semanas de cada vez mais más notícias sobre a situação financeira da instituição, especialmente a dramática queda do império financeiro da família Espírito Santo, fundadora do banco.

    Segundo o plano, o Banco Espírito Santo, ou BES, será dividido entre um "banco bom", que será rebatizado como Novo Banco, e um "banco ruim", que vai abrigar a exposição do BES ao problemático império de negócios Espírito Santo, assim como sua subsidiária angolana.

    As perdas do banco ruim serão de responsabilidade dos detentores juniores de títulos de dívida e acionistas, incluindo a família Espírito Santo, que tem uma fatia de 20%, e o banco francês Crédit Agricole, com fatia de 14,6%.

    O Novo Banco, cujo CEO será o economista Vitor Bento, será recapitalizado com 4,9 bilhões de euros de um fundo especial criado em 2012. Dessa soma, ó governo português vai entrar com 4,4 bilhões de euros. Todos os depositantes do BES serão protegidos, bem como os detentores de bônus seniores do banco.

    O Banco de Portugal, banco central daquele país, espera que o Estado seja reembolsado quando o Novo Banco, eventualmente, for vendido a investidores privados.

    "O plano não apresenta qualquer risco para as finanças públicas ou contribuintes", declarou o presidente o banco central de Portugal, Carlos Costa, em uma entrevista coletiva neste domingo (3) em Lisboa.

    Os esforços para salvar o maior banco português por ações na Bolsa acontecem depois que o BES reportou na semana passada que perdeu 3,6 bilhões de euros - um prejuízo maior que o esperado - dizendo que uma quantia maior do que a estimada originalmente havia sido despendida para salvar da falência empresas de propriedade da família Espírito Santo.

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