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    Falta de qualificação enfraquece São Paulo entre centros financeiros

    ANDERSON FIGO
    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    04/08/2014 02h00

    Em novembro de 2012, o estudo da consultoria Z/Yen Group mostrava São Paulo como um dos cinco centros financeiros mais promissores entre os analisados. No levantamento recente, a cidade não ostenta mais tal posição.

    A atual lista dos centros mais promissores do estudo é liderada por Casablanca (Marrocos), seguida pela coreana Busan, Cingapura, Hong Kong e Xangai.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Para Renato Furtado, diretor da empresa de recrutamento de executivos Russell Reynolds Associates, a escassez de mão de obra qualificada é um dos fatores que atrasam o desenvolvimento de novos projetos no Brasil.

    "A demanda do mercado financeiro por mão de obra qualificada não acompanha o ritmo de formação desses profissionais no país, que normalmente leva anos."

    Outro empecilho, segundo ele, é que os centros financeiros do Brasil têm dificuldade em importar profissionais de outros países.

    "Há uma baixa predisposição dos recrutadores brasileiros para recrutar os estrangeiros. Se você for a Wall Street [centro financeiro de Nova York, nos EUA], há muitas nacionalidades dentro dos escritórios. É algo comum", diz.

    Isso decorre também pela burocracia que os estrangeiros encontram para imigrar no Brasil, segundo Furtado.

    Na avaliação do recrutador, o fato de os jovens estarem mais dispostos a empreender -criando seus próprios negócios- atrasa ainda mais o crescimento dos centros financeiros.

    "Já havia um desbalanceamento entre oferta e demanda e, na medida em que você adiciona um outro fator, o quadro piora", finaliza.

    Editoria de Arte/Folhapress
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