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    Energia sobe até 36,4% para clientes de cinco distribuidoras do país

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    05/08/2014 11h41

    O custo da energia elétrica será reajustado em até 36,4% para algumas distribuidoras do país a partir desse mês.

    É o que decidiu hoje a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nas análises de reajuste tarifário anual de cinco distribuidoras de energia.

    Segundo o diretor-geral da agência, Romeu Rufino, os reajustes elevados já levam em consideração o custo mais alto da energia elétrica no país, o que deve fazer com que essa tendência seja mantida para os demais reajustes de distribuidoras concedidos ao longo do ano.

    Segundo ele, o mix de compra da energia (já que as distribuidoras compram energia de várias fontes) chega a aumentar mais de 50% em algumas regiões.

    "A Aneel já está repercutindo o maior custo da energia no país", afirmou Rufino.

    Em algumas distribuidoras, houve melhoria na qualidade do serviço, o que faria com que o reajuste fosse abaixo da inflação do período calculada pelo IGP-M, caso o custo da energia não tivesse se elevado tanto.

    ESPÍRITO SANTO E PARÁ

    Para os 1,4 milhão de consumidores do Espírito Santo atendidos pela Escelsa, o aumento será de 24,7% para os consumidores residenciais e de 21,9% para grandes consumidores como indústrias por exemplo.

    Os 1,9 milhão de consumidores do Pará atendidos pela Celpa pagarão mais 34,3% (residenciais) e 36,4% (grande consumidores).

    A Jari Celulose, que fornece para 2,5 mil consumidores próximos à sua unidade de produção no interior do Pará, poderá reajustar em 5,75% as tarifas.

    SANTA CATARINA

    Já a Celesc, que fornece energia a 2,6 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina, foi autorizada a reajustar suas tarifas em 22,7% para os consumidores residenciais e em 22,4% para os grandes consumidores.

    A Iguaçu Energia, que distribui para 32 mil consumidores do oeste de Santa Catarina, terá reajustes de 5,86% (residenciais) e 5,75% (grandes).

    Segundo Rufino, o reajuste normal do ano para outras empresas seria semelhante ao da Iguaçu, não fosse o aumento do preço da energia. Por ser pequena e conseguir comprar toda a energia de hidrelétricas, ela não teve variação elevada de custo.

    *

    Veja, abaixo, outros reajustes já autorizados pela Aneel neste ano.

    SUDESTE

    SÃO PAULO

    Eletropaulo
    6,7 milhões de residências, escritórios e indústrias em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital
    18,06% para residências
    19,93% para indústrias

    Bragantina
    122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais)
    14,98% para residências
    14,43% para indústria

    Vale Paranapanema
    167 mil unidades de consumo, em 27 municípios (região de Assis)
    18,98% para residências
    21,31% para indústria

    CNEE (Companhia Nacional de Energia Elétrica) mil unidades de consumo, em 15 municípios (região de Novo Horizonte e Catanduva)
    16,93% para residências
    16,64% para indústrias

    Caiuá-D (Caiuá Distribuição de Energia)
    230 mil unidades de consumo, em 24 municípios (região de Presidente Prudente)
    14,42% para residências
    13,39% para indústrias

    MINAS GERAIS

    Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais)
    18,2 milhões de clientes, em 774 municípios
    14,24% para residências
    12,41% para indústria

    Bragantina
    122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais)
    14,98% para residências
    14,43% para indústria

    Energisa Minas Gerais
    407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro
    5,8% para residências
    3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão

    RIO DE JANEIRO

    Energisa Minas Gerais
    407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro
    5,8% para residências
    3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão

    Energisa Nova Friburgo
    96 mil residências e comércios no município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro
    13,66% para residências
    7,94% para indústrias e consumidores de alta tensão

    ESPÍRITO SANTO

    Escelsa
    1,4 milhão de consumidores
    24,7% para residências
    21,9% para indústrias e consumidores de alta tensão

    _

    SUL

    RIO GRANDE DO SUL

    AES Sul
    1,2 milhões de clientes, em 118 municípios
    28,99% para residências
    30,29% para indústria

    PARANÁ

    Copel
    4,22 milhões de clientes, em 396 municípios (3 deles apenas na área rural)
    23,89% para residências
    26,28% para indústrias

    Cocel
    Município de Campo Largo
    42,02%, em média

    SANTA CATARINA

    Celesc
    2,6 milhões de unidades consumidoras
    22,7% para residências
    22,4% para grandes consumidores

    Iguaçu Energia
    32 mil consumidores do oeste de Santa Catarina
    5,86% para residências
    5,75% para grandes consumidores

    _

    NORDESTE

    PERNAMBUCO

    Celpe (Companhia Energética de Pernambuco)
    3,2 milhões de clientes, em todos os municípios pernambucanos
    17,69% para residências
    17,86 para indústrias

    SERGIPE

    Energisa Sergipe
    630 mil clientes, em 63 municípios
    12,17% para residências
    11,31% para indústrias

    CEARÁ

    Coelce (Companhia Energética do Ceará)
    Mais de 3 milhões de clientes, em 184 municípios
    17,02% para residências
    16,16% para indústrias

    BAHIA

    Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia)
    5,3 milhões de clientes, em 415 municípios
    14,82% para residências
    16,04% para indústrias

    RIO GRANDE DO NORTE

    Cosern (Companhia Elétrica do Estado do Rio Grande do Norte)
    Mais de 1,2 milhão de clientes, em 167 municípios
    11,40% para residências
    15,78% para indústrias

    _

    CENTRO-OESTE

    MATO GROSSO DO SUL

    Enersul
    909 mil unidades de consumo, em pelo menos 10 municípios
    9,4% para residências
    14,11% para indústrias

    _

    NORTE

    TOCANTINS

    Celtins
    574 mil residências, empresas e indústrias do Tocantins
    10,98% nas tarifas dos consumidores residenciais
    10,43% para industriais

    PARÁ

    Celpa
    1,9 milhão de consumidores
    34,3% para residências
    36,4% para indústrias

    Jari Celulose
    2,5 mil consumidores próximos à sua unidade de produção no interior do Pará
    5,75% de reajuste

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