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    Após petróleo, Rio atrai centro de pesquisa de bens de consumo

    PEDRO SOARES
    DO RIO

    06/08/2014 02h00

    De início, as possibilidades de negócios com o pré-sal atraíram centros de pesquisas de empresas de petróleo e fornecedores para o Rio. Agora, numa segunda onda, companhias de bens de consumo de massa instalam suas bases de inovação na cidade.

    Para pesquisar produtos e embalagens, a Ambev investirá R$ 180 milhões em seu maior centro tecnológico.

    A unidade ficará na ilha do Bom Jesus e integrará o Parque Tecnológico da UFRJ -que nasceu na vizinha Ilha do Fundão, onde está o campus da universidade federal.

    Em maio, a francesa L'Oréal anunciou a montagem de uma unidade de pesquisa no local, com investimento de R$ 120 milhões.

    Ao todo, 13 empresas de grande porte já têm ou instalarão suas bases de inovação no parque. Desde 2003, os investimentos chegam a R$ 1 bilhão, sem o da Ambev.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "A vocação natural do parque sempre foi e sempre será a da indústria do petróleo e de fornecedores, mas notamos uma diversificação", diz Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico.

    Numa primeira fase, ingressaram as empresas que são puramente ligadas à indústria do petróleo, como fornecedoras de bens e serviços. São exemplos as americanas Baker Hughes e Halliburton e a francesa Schlumberger.

    Em seguida, vieram empresas com interesse na indústria do petróleo, mas que não são fornecedoras exclusivas do setor, como GE e Siemens (energia e equipamentos médico-hospitalares e outros) e Tenaris e Vallourec (aço e produtos de metal).

    Para essas empresas, diz Guedes, a principal motivação foi a demanda gerada pela indústria do petróleo, mas elas realizam também pesquisas em outras áreas. No mesmo grupo, insere-se a EMC, de tecnologia da informação.

    "Um dos principais focos no Brasil é fornecer serviços de big data para empresas de petróleo", afirma Karin Breitman, gerente-geral do centro de pesquisa EMC no Brasil. A companhia investiu R$ 100 milhões na instalação.

    Todos os investimentos nos centros contam com incentivos do Estado do Rio. No caso da Ambev, o apoio será de R$ 90 milhões.

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