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    Brasil pode antecipar oferta de acordo com a União Europeia

    PEDRO SOARES
    DO RIO

    07/08/2014 11h36

    Apesar da defesa de uma preferência pelo multilateralismo nas negociações comerciais do Brasil, o ministro Mauro Borges (Desenvolvimento) afirmou que o país precisa reforçar seus laços comerciais com seus maiores parceiros.

    Ele disse também que o governo "está pronto" para apresentar uma proposta "rápida" e adiantar alguns pontos de uma futura proposta conjunta do Mercosul no acordo com a União Europeia.

    A demora dos vizinhos em fecharem suas propostas para apresentar um documento conjunto na negociação com a UE é o principal entrave para a conclusão do acordo comercial com o bloco, o maior parceiro brasileiro no comércio global.

    O entrave maior é da Argentina, que vive uma crise agravada com a possibilidade de calote.

    "A proposta brasileira está pronta e podemos apresentá-la [com alguns pontos] mais rápido do que o Mercosul", disse o ministro.

    Borges afirmou que outras prioridades são a integração comercial com os dois outros grandes parceiros, EUA e China.

    No caso dos EUA, diz, o mais importante é construir um acordo para evitar a bitributação de empresas brasileiras naquele país, já que é crescente o investimento brasileiro nos EUA.

    Com a China, avalia, "o grande avanço" foi a criação do banco dos Brics.

    EUROPA

    Pelas regras do Mercosul, o Brasil não pode fechar um acordo em separado, mas há espaço para dar mais agilidade nas negociações de alguns pontos a serem acompanhados depois pelos demais sócios do bloco sul-americano.

    O acordo com a UE, diz, é importante porque ajudará especialmente a indústria, permitindo uma nova divisão do trabalho.

    Ou seja, a matriz europeia monta veículos com motores feitos na subsidiária brasileira.

    MULTILATERAL

    Para Borges, o multilateralismo é melhor para o Brasil porque um país com seu nível de desenvolvimento não pode depender de exportações de poucos produtos ou de bens primários.

    O ministro fez referência a países da América do Sul que fecharam acordos bilaterais com EUA e UE, como o Peru, um grande fornecedor de cobre.

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