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    Banco do Brasil lucra R$ 3 bilhões no 2º trimestre com expansão do crédito

    ANDERSON FIGO
    DE SÃO PAULO

    14/08/2014 07h26

    O Banco do Brasil teve lucro líquido recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinários, de R$ 3,002 bilhões no segundo trimestre, 14% superior ao registrado em igual período do ano passado. Sobre os três primeiros meses do ano, houve alta de 23,2%.

    Já o lucro contábil do maior banco do país caiu 62,1% em 12 meses, para R$ 2,829 bilhões, embora a cifra seja 5,6% maior na comparação com o primeiro trimestre.

    A queda anual reflete a base de comparação desproporcional: entre abril e junho de 2013, o banco teve ganho recorde (R$ 7,472 bilhões), inflado pela oferta de ações da BB Seguridade.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O banco apresentou expansão de 12,5% nos financiamentos na comparação anual e de 2,8% sobre o trimestre anterior, totalizando R$ 718,754 bilhões ao final de junho –o correspondente a 21,3% do mercado de crédito nacional–, à frente de Bradesco (R$ 435,231 bilhões), Santander (R$ 279,722 bilhões) e Itaú Unibanco (R$ 518,423 bilhões).

    O avanço foi possível por causa da manutenção da estratégia de aumentar o crédito de menor risco, como consignado, CDC (Crédito Direto ao Consumidor), financiamento de veículos e crédito imobiliário.

    Esse perfil de crédito correspondeu por 76% da carteira orgânica do BB, formada por operações com clientes pessoa física, que finalizou o primeiro trimestre com saldo de R$ 142,3 bilhões, crescimento de 13,2% sobre o mesmo período de 2013 e de 3,9% em relação a março.

    CALOTES

    A inadimplência acima de 90 dias do banco encerrou junho em 1,99%, alta de 0,12 ponto percentual sobre a taxa apurada no segundo trimestre de 2013 e maior que o 1,97% visto em março.

    Apesar do aumento, o nível de calotes do BB ficou bem abaixo do registrado por seus principais concorrentes privados, que tiveram queda na inadimplência do segundo trimestre, na comparação anual. O Itaú Unibanco, por exemplo, viu a taxa cair para 3,4%, menor nível desde a fusão com o Unibanco, em novembro de 2008.

    Com a inadimplência maior, o BB elevou as despesas com provisões para calote em 8,32% no segundo trimestre, na comparação anual, para R$ 4,570 bilhões. Sobre o primeiro trimestre, houve aumento de 9,15%.

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    Banco do Brasil - 1º Sem.2014
    Lucro líquido R$ 5,506 bilhões
    Número de funcionários 111,6 mil
    Principais concorrentes Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil

    Folhainvest

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