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    Com serviços e setor público, Brasil cria 1,49 milhão de vagas em 2013

    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    18/08/2014 15h32

    O Brasil criou 1,49 milhão de vagas de trabalho em 2013, incluindo trabalhadores celetistas (com contrato regido pela Consolidação das Leis do Trabalho) e funcionários públicos estatutários –aqueles sob regime especial para servidores, com estabilidade e sem contrato pela CLT–, informou nesta segunda-feira (18) o Ministério do Trabalho.

    Esse número representa uma ampliação de 3,14% do emprego formal no país em comparação com o ano anterior e foi impulsionado pelas contratações no setor de serviços e na administração pública.

    Segundo o ministro Manoel Dias, parte do resultado se deve à mudança de governos municipais em 2013, que estimulou a contratação de servidores públicos (nem todos sob o regime estatutário) nas prefeituras.

    "Houve a renovação, nomeação de cargos de confiança, secretários, isso é o dado que contribuiu também no aumento dos servidores públicos", afirmou.

    De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), o ano de 2013 terminou com um total de 48,9 milhões de vínculos empregatícios.

    A Rais é uma das principais fontes de informações sobre o mercado de trabalho formal brasileiro. É mais completa que os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), porque inclui não só os funcionários públicos celetistas, mas também os estatutários e os temporários.

    O desempenho do mercado de trabalho em 2013 foi resultado de um aumento de 4,85% dos empregos estatutários (mais 414,7 mil) e de 2,76% dos empregos celetistas (mais 1,1 milhão).

    O resultado de 2013 foi o segundo pior em dez anos. O pior foi em 2012, quando foram criadas 1,15 milhão de vagas.

    Segundo Dias, o PIB em 2013 foi menor do que nos anos anteriores, o que contribuiu para um crescimento mais moderado nas contratações. O fato de o país estar em situação de "pleno emprego" também força uma queda no ritmo de contratação, indicou o ministro.

    "Geração de emprego acompanha redução do PIB. Mas continua positivo, vai continuar positivo. Estamos vivendo uma situação de pleno emprego. A necessidade de geração de novos postos se desfaz à medida que você atinge o pleno emprego."

    O governo trabalha com a perspectiva de melhora no segundo semestre desse ano.

    SETORES

    O setor que mais empregou no ano passado foi o de serviços, com 558,6 mil novos postos.

    A administração pública gerou 403 mil novas vagas, sendo o segundo setor que mais criou postos de trabalho.

    O comércio gerou 284,9 mil empregos, a indústria de transformação gerou 144,4 mil, e a construção civil, 60 mil vagas.

    O rendimento médio dos trabalhadores cresceu 3,18% –as mulheres tiveram seu rendimento expandido em 3,34%, e os homens, em 3,18%.

    Enquanto as mulheres com nível superior completo estão crescendo sua participação a velocidade maior que os homens, o maior diferencial entre rendimentos de homens e mulheres continua concentrado nesse nível de escolaridade.

    O salário médio das mulheres com diploma universitário equivale a 60,9% do salário médio dos homens com superior completo. As mulheres com diploma ganham em média R$ 3,98 mil, e os homens, R$ 6,53 mil.

    REGIÕES

    O Nordeste apresenta o menor rendimento médio do país, de R$ 1,79 mil por pessoa. A região Centro-Oeste tem o maior, de R$ 2,69 mil.

    Todas as regiões apresentaram expansão do mercado de trabalho. Na região Sudeste houve a criação de 550,3 mil postos. Na região Nordeste, 313,2 mil postos foram criados.

    No Sul, 285,6 mil novos empregos foram criados; no Centro-Oeste, 219,6 mil; e no Norte, 121,1 mil.

    Editoria de Arte/Folhapress

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