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    Planejar tempo livre na aposentadoria é necessário, dizem consultores

    FABÍOLA SALANI
    DE SÃO PAULO

    25/08/2014 02h00

    O preparo para a aposentadoria vai além do aspecto financeiro. É necessário começar a planejar, em média cinco anos antes de parar, em como o tempo será ocupado.

    O consultor Renato Bernhoeft, da Höft, lembra que, quando está trabalhando, a pessoa tem uma identidade moldada com sua atividade.

    "Num dia, quase que seu sobrenome é a empresa; no outro dia, você é ex", afirma.

    Por isso, diz, o primeiro foco deve ser a criação da nova identidade, que a pessoa terá no tempo no pós-trabalho, como ele chama.

    "Ao se aposentar, a pessoa ganha tempo disponível. É preciso dar sentido a esse tempo disponível", diz.

    Editoria de Arte/Folhapress

    ATIVIDADES

    Hobbies, amizades, outras atividades, tudo pode ser explorado. "A pessoa com atividade paralela, remunerada ou não –artista, professor, síndico–, transita melhor para a aposentadoria", afirma.

    "Busque atividade que o motive", diz Carolina Mazza Wanderley, consultora sênior de previdência da Mercer. "Assim como faz na ativa, é interessante fazer um 'networking' [redes de contato] para atividades fora do trabalho."

    Foi o que fez o aposentado –ou artista plástico ou colunista de vinhos– Walter Tommasi, 63. Ele começou a se preparar desde a faixa dos 20 anos.

    "Sempre pensei que, quando ficasse velhinho, iria querer ter dinheiro para me sustentar", afirma.

    Paralelamente a sua carreira de 33 anos em uma multinacional, ele cultivou hobbies que o levaram a ter outros objetivos e amizades quando se aposentou: a pintura e vinhos.

    Hoje, seis anos após se aposentar, ele escreve sobre vinhos para uma revista e se mantém pintando.

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