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    Controle de preços faz com que deficit do petróleo aumente, diz especialista

    VINICIUS PEREIRA
    DE SÃO PAULO

    27/08/2014 13h50

    A política de controle de preços dos combustíveis para controlar a inflação fez com que o deficit do petróleo na balança comercial aumentasse. Porém, com o aumento da produção no pré-sal, o prejuízo poderá desacelerar ainda em 2014.

    A avaliação é de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura, que participou do Fórum de Exportação, seminário realizado pela Folha acerca de temas do país e ocorre em São Paulo, entre esta quarta-feira (27) e quinta-feira (28).

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    De acordo com Pires, a política do governo federal no controle de preços faz com os investimentos no setor sejam limitados e, por isso, há uma perda no poder de investimento e o crescimento da importação de produtos.

    "A receita de exportação de petróleo vem caindo porque na medida que não nos tornamos autossuficientes, você reduz as exportações de petróleo, mas aumenta a de derivados. Isso desequilibra a balança".

    Segundo ele, pela falta de estrutura de refino dos produtos, atualmente o Brasil necessita importar praticamente todos os derivados. "A política de preços transformou o Brasil em um país que importa tudo, desde diesel, e gasolina a combustível de avião".

    O diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura afirma não haver incentivos da parte do governo federal à construção de refinarias.

    Mesmo com o controle dos preços, a previsão é que a Petrobras passe a produzir mais petróleo neste ano, graças ao aumento da exploração dos campos do Pré-sal.

    "Já a partir deste ano, a produção deverá voltar a crescer. A gente trabalha pelo crescimento de 5% em relação ao ano passado. E o viés de produção, em 2020, poderia dobrar o volume atual", afirma.

    FÓRUM

    A Folha promove nestas quarta (27) e quinta-feira (28) um fórum sobre exportações para debater os prognósticos da balança comercial do Brasil e a inserção do país no cenário econômico global.

    O evento ocorre nos dois dias das 9h às 13h no Tucarena (rua Monte Alegre, 1.204, Perdizes), e as inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo telefone 0800-777-0360.

    Parte do ciclo de Seminários Folha, as palestras e painéis reunirão especialistas em comércio internacional e abordarão temas como equilíbrio no câmbio, protecionismo, entraves à exportação industrial, desafios logísticos e o papel da China na balança.

    A abertura será feita por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e atual presidente do conselho da J&F (holding que controla empresas como JBS).

    Participarão também os ex-ministros Roberto Rodrigues (Agricultura), Sérgio Amaral (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e José Botafogo Gonçalves (Indústria, Comércio e Turismo); o presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, Rubens Barbosa, e o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro.

    Os economistas Gesner Oliveira (FGV), Paulo Feldmann (FEA-USP) e Marcos Troyjo (Universidade Columbia) também falarão no evento, além de André Clark, da Camargo Corrêa; Marcos Jank, da BRF; e Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

    Completam a lista o consultor em comércio e política agrícola Pedro de Camargo Neto e Daniel Furlan do Amaral, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. O fórum será apresentado por Raquel Landim, repórter especial da Folha e colunista do site.

    Editoria de arte/Folhapress
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