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    BRF é condenada em R$ 1 milhão por trabalho degradante

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    27/08/2014 19h04

    A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi condenada a pagar R$ 1 milhão em indenização por manter pessoas em condições degradantes de trabalho, numa fazenda de sua propriedade no Paraná.

    A decisão é do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 9ª Região. A BRF, que afirma que a responsabilidade era de uma empresa terceirizada, vai recorrer.

    Homens que trabalhavam com reflorestamento numa fazenda da BRF em Iporã, no noroeste do Paraná, cumpriam jornada excessiva e viviam em alojamentos em condições precárias, até mesmo com água contaminada, segundo o Ministério Público do Trabalho.

    Grandes indústrias como a BRF costumam manter atividades de reflorestamento para manter caldeiras ou fornos que dependam de lenha.

    A situação foi denunciada em 2012. Havia 15 trabalhadores na fazenda.

    Na ação, a BRF argumenta que o serviço era feito por empresa terceirizada. A Justiça do Trabalho, porém, entendeu que a companhia teve responsabilidade solidária no caso.

    A indenização de R$ 1 milhão, caso mantida, será paga por danos morais coletivos, e destinada à compra de veículos e equipamentos para a fiscalização de atividades rurais pelo Ministério do Trabalho.

    OUTRO LADO

    Em nota, a BRF negou "veementemente" que tenha tomado conhecimento das práticas denunciadas pela Procuradoria do Trabalho e diz que as acusações devem ser feitas à empresa terceirizada, e não a ela.

    "A companhia não tolera qualquer tipo de tratamento inadequado, não praticou ou participou de qualquer ato irregular e já recorreu da decisão, confiando no Poder Judiciário", afirma a nota.

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