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    Folhainvest responde: Vale vender Tesouro Direto antes do vencimento?

    DE SÃO PAULO

    01/09/2014 02h00

    A pergunta foi enviada pelo leitor M.R.S., de São Paulo (SP). Mande também sua pergunta sobre investimento para duvidainvest@uol.com.br.

    RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER, INSTITUTO DE ENSINO:

    O Tesouro Direto é uma plataforma de venda de títulos públicos federais direto para pessoas físicas, mas para operar nela é preciso intermediação de uma corretora.

    Para os pequenos poupadores, investir em títulos via Tesouro Direto é quase imbatível em relação às alternativas tradicionais dos grandes bancos. No entanto, as vantagens de custo e retorno podem se reduzir quando não se planeja o investimento, ou não se leva em conta a influência do ambiente econômico nas escolhas dos títulos.

    A primeira regra a considerar é que o investidor deve evitar comprar títulos com vencimento muito superior à data de que pode precisar dos recursos. Assim, evitará o risco de ter de vender o título com prejuízo.

    Para operar no Tesouro Direto, há em geral duas taxas. Uma é a taxa de custódia, frequentemente maior, com percentual de 0,3% ao ano. A segunda é a taxa de administração, cobrada pela corretora. As duas taxas são cobradas no ato da compra para o primeiro ano de aplicação e, somente a partir do segundo ano, a cobrança é realizada proporcionalmente ao tempo.

    Assim, dificilmente será vantajoso comprar títulos no Tesouro Direto se o investidor pretende vendê-los no curto prazo, ainda mais se a venda visa comprar outro título no Tesouro Direto.

    Outro ponto é o Imposto de Renda. Quanto mais tempo o investidor fica com a aplicação, menor é a alíquota de IR, chegando a 15% após dois anos.

    As negociações no Tesouro Direto são realizadas com taxas de mercado. Assim, um investidor que tenha comprado uma LTN (título prefixado) em abril de 2013 com taxa de 9,13% ao ano e vencimento em janeiro de 2016 perdeu de uma aplicação que rende a taxa do CDI.

    De abril de 2013 até 15 de agosto de 2014, o investidor que comprou essa LTN ganhou 9,5%. Se tivesse aplicado em investimento que remunera a taxa do CDI, o retorno seria de 13,2%.

    A regra básica nesse caso é: compre títulos prefixados se achar que o BC não vai mais elevar os juros, e venda caso preveja o contrário.

    Folhainvest

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