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    Com especulações políticas, bancos e Petrobras guiam Bolsa a alta de 1,23%

    DE SÃO PAULO

    02/09/2014 17h53

    Amparado na retomada das ações do setor financeiro e da Petrobras, na esteira de expectativas eleitorais, o principal índice da Bolsa brasileira inverteu a tendência negativa no meio da tarde e fechou esta terça-feira (2) no azul.

    O Ibovespa avançou 1,23%, aos 61.895 pontos –maior nível desde 23 de janeiro de 2013, quando estava em 61.966 pontos. Em um pregão marcado pela instabilidade, o índice chegou a cair 0,35% e a subir 1,78% ao longo do dia. O volume financeiro foi de R$ 9,146 bilhões –bem acima da média diária do último mês, de R$ 6,279 bilhões.

    A cautela do mercado pela manhã, segundo analistas, foi dissipada durante o dia com especulações sobre o resultado de novos levantamentos eleitorais. Segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram registrados levantamentos do Ibope, Datafolha e Sensus.

    "O mercado especulou sobre Marina Silva (PSB) aparecer à frente de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno das próximas pesquisas e sobre um possível apoio do PSDB à Marina no segundo turno", diz Wagner Caetano, diretor da consultoria Cartezyan. "É um sinal de que os investidores não querem a reeleição de Dilma, pois estão insatisfeitos com a gestão das estatais e a intervenção do atual governo em setores importantes".

    As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras fecharam em alta de 3,06%, a R$ 24,56 cada uma. Já o Banco do Brasil obteve a maior valorização entre os 69 papéis do Ibovespa, de 5,73%, a R$ 37,46.

    Além das especulações políticas, a alta do Banco do Brasil refletiu um aumento na recomendação desses papéis pelo Credit Suisse para "outperform" (desempenho acima da média do mercado).

    Ainda no setor bancário, que possui o maior peso no Ibovespa, os papéis do Itaú Unibanco avançaram 1,83%, a R$ 41,24. Já a ação preferencial do Bradesco teve valorização de 2,07%, para R$ 41,55.

    Ontem, os presidenciáveis participaram de debate promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan.

    "A candidata do PSB, Marina Silva, e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, protagonizaram ontem o principal embate do debate. Enquanto a candidata do PSB insistiu em apontar o que chamou de erros da gestão Dilma na condução da política econômica do governo, a petista explorou o que considera contradições das propostas de Marina e sua falta de sustentação política", diz Ricardo Kim, da XP Investimentos, em relatório.

    Para Caetano, quem comprou ações mais baratas e acompanhou a alta recente delas, é hora de vender os papéis. "O melhor lucro é aquele que vai para o bolso. Seria ideal, nesse caso, vender pelo menos a metade ou 70% das posições, pois o mercado está bem 'esticado'. Se a oposição ganhar, não tem muito espaço para (a Bolsa) subir, mas se Dilma vencer, há grande espaço para (o Ibovespa) cair", diz.

    CÂMBIO

    No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 0,43% sobre o real, cotado em R$ 2,247 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 0,22%, para R$ 2,240.

    O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 swaps cambiais (operação que equivale a uma venda futura de dólares), sendo 1.000 com vencimento em 1º de junho de 2015 e 3.000 com vencimento em 1º de setembro de 2015, pelo total de US$ 197,5 milhões.

    Folhainvest

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