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    Mercado reduz previsão de alta da economia e espera PIB abaixo de 0,5%

    DE SÃO PAULO

    08/09/2014 09h46

    O mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira em 2014 pela 15ª vez consecutiva. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (8), os analistas projetam um crescimento de 0,48% para este ano.

    A sondagem, feita com economistas de várias instituições financeiras, apontava alta de 0,52% no relatório divulgado no dia 1º de setembro e aumento de 0,70% na semana anterior.

    As estimativas dos analistas têm caído após o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre. É o caso do Itaú, que anunciou nesta segunda (8) a redução na expectativa de crescimento da economia, de 0,6% para 0,1%.

    Segundo divulgou o IBGE, a economia do país registrou contração de 0,6% no período. Em relação ao segundo trimestre de 2013, a economia do país encolheu em 0,9%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Com a revisão do resultado do primeiro trimestre para baixa de 0,2%, ante alta de igual proporção, o Brasil, segundo alguns economistas, entrou em recessão técnica.

    Para o ano que vem, a expectativa dos economistas ouvidos pelo BC é de expansão de 1,10% do PIB, estimativa igual à da pesquisa anterior.

    INFLAÇÃO

    Os economistas aumentaram suas projeções para o IPCA, índice oficial de inflação, neste ano. A expectativa é a de que a alta sustentada de preços chegue a 6,29% em 2014, antes projeção de 6,27% na semana passada. Se a previsão se confirmar, o índice fechará o ano pouco abaixo do teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 6,5% ao ano.

    A alta na projeção da inflação vem na esteira do resultado do IPCA registrado em agosto pelo IBGE. Segundo o instituto, o índice acelerou, registrou uma alta de 0,25% no mês e voltou a ultrapassar o teto da meta no acumulado de 12 meses, atingindo 6,51% no período. Em julho, o IPCA permaneceu quase estável, a 0,01%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O aumento se deu diante do fim do ciclo de quedas expressivas dos preços dos alimentos e sob impacto de reajustes de energia elétrica. No mês, a energia elétrica subiu 1,76% e a alimentação recuou 0,15%. Os transportes, outro foco de pressão, avançaram 0,33%, com reajuste de passagens aéreas e gasolina.

    Para 2015, os analistas consultados pelo BC também apontam inflação de 6,29% ao ano.

    A respeito da taxa básica de juros do país, a Selic, a mediana das estimativas aponta que o mercado espera que 2014 se encerre nos atuais 11% ao ano. Para 2015, os analistas projetam juros de 11,63% ao ano, ante projeção de 11,75% divulgada na semana passada.

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