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    Setor de álcool e açúcar vai ganhar benefício para exportar

    VALDO CRUZ
    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    10/09/2014 02h00

    O governo decidiu incluir o setor sucroalcooleiro em sua política de estímulo a exportadores, como parte da ofensiva da presidente Dilma Rousseff para tentar reconquistar o apoio do empresariado à sua reeleição.

    A presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Elizabeth Farina, esteve nesta terça-feira (9) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, de quem ouviu a proposta de incluir o setor no Reintegra.

    O Reintegra é um mecanismo que devolve à empresa um percentual das exportações de produtos manufaturados na forma de créditos tributários. O incentivo, extinto em 2013, foi renovado dentro de um "pacote de bondades" do governo a empresários e voltará a vigorar em 2015. O governo não tinha incluído o setor sucroalcooleiro nessa nova edição.

    A medida é uma resposta à aproximação da candidata à Presidência Marina Silva (PSB) com o agronegócio. Marina esteve reunida recentemente com representantes do setor, que acusa a política de controle de preço da gasolina do governo Dilma de ser nociva à indústria do etanol.

    Segundo a Folha apurou, o Reintegra valerá no próximo ano com alíquota de 3% sobre o faturamento com exportações de manufaturados. Ou seja, as empresas incluídas do programa terão de volta 3% do que exportarem.

    Na reunião desta terça, não ficou acordada elevação da mistura do etanol na gasolina. O Senado aprovou projeto de lei que determina tal aumento, podendo chegar a 27,5%. Atualmente, a adição máxima do chamado álcool anidro na gasolina é de 25%, e no mínimo 18%. O projeto espera sanção presidencial.

    A avaliação é que a atual safra e a capacidade de produção de etanol não dariam conta da elevação.

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